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Marcelinho Carioca relembra bom ambiente no último título do Vasco


Quarta-feira, 01/06/2011 - 00:10

No dia 23 de março de 2003, ao apito do juiz Samir Yarak, o Vasco dava início à volta olímpica no Maracanã pela conquista do Campeonato Estadual, encabeçada por Marcelinho Carioca. Nesta quarta-feira, às 21h50m, em São Januário, o time, pelos pés de Diego Souza, Alecsandro, Bernardo, entre outros, espera dar o pontapé inicial para desfecho idêntico contra o Coritiba no Couto Pereira, na próxima quarta-feira, pela final da Copa do Brasil. Em comum entre o craque do passado e os jogadores atuais, o pouco tempo de clube e a possibilidade de conquistar a torcida de vez com um título.

- Cheguei ao Vasco no dia 7 de janeiro de 2003 e fui campeão logo depois. Estava voltando ao Rio depois de 12 anos, tinha jogado no Flamengo. Saía nas ruas e a torcida mostrava muito carinho, a identificação era muito grande. Hoje vejo a grande fase do Dedé, o Diego Souza chamando a responsabilidade para si, os passes precisos do Felipe. O Vasco está no caminho certo - conta Marcelinho Carioca, por telefone, que preferiu não dar palpite de placar, mas foi enfático. - Vasco não perde em casa.

Semelhante também a concentração e união do time pela conquista de um título. Nos dias de hoje, o time se uniu para ressurgir do fundo do poço ao qual chegou na Taça Guanabara. De longe, Marcelinho diz não poder fazer comparações daquela equipe campeã com o ambiente atual. Mas garante que o jogo coletivo faz a diferença sempre.

- Ganhamos muito pelo extra-campo - disse o ex-jogador, que escalou toda a equipe campeã carioca sem titubear e lembrou dos momentos no clube. - O grupo tinha sede de vencer. Todos se ajudavam. O Lopes (técnico Antônio Lopes) conversando sempre com a gente. O Carlão (integrante da comissão) ia o tempo todo ver o que queríamos.




Clima bom em São Januário

Quem está no clube hoje dá a sua declaração de como se encontra o ambiente vascaíno.

- O vestiário do Vasco vem da mesma maneira das outras fases, ambiente maravilhoso, alegre, grupo bastante unido, que brinca bastante. A ansiedade existe dos dois lados até a bola rolar - disse Felipe.

Ambientes parecidos inclusive na forma de lidar com vaidades. No Vasco de 2003, após a saída do capitão Petkovic, a faixa ficou com o pouco conhecido zagueiro Alex. Em 2010, Carlos Alberto deixou o clube e o goleiro Fernando Prass assumiu o posto. Em, ambos o casos, esperava-se que as escolhas fossem Marcelinho e Felipe, respectivamente.

- O Lopes disse que seria eu, mas falei na frente de todos que não queria, preferi dar para um companheiro que era referência na defesa. Queria ficar mais livre para ter outras responsabilidades em campo - disse Marcelinho Carioca.

Se hoje a motivação maior pelo título vem do longo jejum sem levantar uma taça na Primeira Divisão, naquela ocasião a rivalidade regional falava mais alto. Marcelinho lembra do jogo contra o Flamengo pela Taça Guanabara que valia a liderança do turno (o campeonato foi disputado em apenas um turno e os quatro primeiros fizeram as semifinais e finais).

- Podíamos perder, menos para eles. Disse isso antes do jogo - recorda Marcelinho, lembrando que na final contra o Fluminense a fome pelo título aumentou após declarações do então técnico tricolor Renato Gaúcho. - O Lopes nos contou no vestiário o que ele havia falado, que tinha provocado o Vasco. Entramos com mais vontade ainda.

Logo mais à noite, a rivalidade será bem menor. Mas a luta pela conquista que vale vaga na Libertadores do ano que vem não tem diferença. E como em 2003, quando venceu o Fluminense no primeiro jogo por 2 a 1 e levou a vantagem do empate para a segunda partida, o Vasco sabe que precisa fazer o mesmo em casa.

- O Vasco tem que jogar bem, durante os 180 minutos, não adianta ser superior só noventa minutos. Vem motivado de uma bela apresentação fora de casa contra o Avaí, mas vai ser difícil aqui - disse Felipe.

Última partida em 2008

E se for para lembrar o passado, as recordações do Vasco contra o Coritiba são relativamente boas. O último encontro entre eles tem tempo. Já são quase três anos que as duas equipes não se enfrentam em competições nacionais. Bom porque o time derrotou o adversário no Couto Pereira por 2 a 0, no Brasileiro de 2008. Mas de pouco adiantou já que o Vasco seria rebaixado na partida seguinte contra o Vitória.

Agora, o time de São Januário terá dois jogos para repetir o final feliz que Marcelinho Carioca já conhece.

Fonte: O Globo online