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Ramon fala de sua volta ao Vasco, ídolo Felipe e Seleção Brasileira


Quinta-feira, 12/05/2011 - 16:01

Aos 23 anos, Ramon diz que evoluiu com Ricardo GomesFora do jogo contra o Atlético-PR, na noite desta quinta-feira, em São Januário, o suspenso Ramon poderá apenas torcer para o Vasco avançar às semifinais da Copa do Brasil. Competição, aliás, que o clube da Colina não tem em seu currículo, e, por este motivo, é a mais desejada pelo lateral. Em entrevista à Rádio Brasil, Ramon, que completou 23 anos na semana passada, falou sobre a dificuldade de não poder entrar em campo e da vontade de conquistar mais um título com a camisa cruz-maltina.

- Quem fica fora por cartão acaba sofrendo mais. Mas conversei com meus companheiros, desejei boa sorte, e com certeza, eles vão me homenagear com a classificação pelo meu aniversário. O Vasco agora é o Rio na Copa do Brasil. É um título importante e expressivo, e tendo em vista que o Vasco nunca conquistou a competição, é a taça que eu mais desejo - disse o jogador.

Mais preso à marcação no Vasco de Ricardo Gomes, Ramon comemora o que chama de “crescimento na posição”. O lateral acredita que hoje é um jogador melhor e mais experiente do que aquele que chegou ao Vasco no início de 2009 para a disputa da Série B do Brasileirão, apesar de ter menos chances de gol.

- Hoje tenho de me preocupar em defender. Além disso, tenho muitas opções para dividir as responsabilidades em campo. É muito diferente de 2009. Tenho que jogar como o Ricardo quer ou vou ficar no banco. Hoje não preciso correr até o ataque, porque há jogadores para fazer isso. Cresci e amadureci na minha posição. No começo sofri por causa dessa minha vontade de estar sempre atacando, mas o Ricardo está sendo muito importante nessa minha evolução. Ele me ensinou a primeiro fazer a minha parte na defesa para depois atacar. E isso não impede que eu chegue à frente. Ricardo diz que se eu tenho pulmão para ir, tenho que ter também para voltar - contou.

E é com essa evolução que Ramon pretende buscar uma chance na Seleção Brasileira. O lateral, que não esconde o desejo de um dia jogar na Europa, acredita que uma convocação por Mano Menezes é possível, uma vez que o treinador vem fazendo experiências na equipe nacional.

- Me considero uma jovem realidade, pela evolução. Almejo muitas coisas na carreira, como jogar na Europa e quem sabe chegar à Seleção, já que Mano está dando chance para muita gente. Sei que é um processo que demora anos, que tenho de amadurecer, conviver com diversas situações dentro de campo para conquistar tudo o que sempre sonhei na minha carreira - comentou.

Enquanto sua vez na Seleção não chega, Ramon comemora o sucesso no Vasco. Daqui a oito jogos, o lateral chegará aos 100 pelo clube onde diz estar muito feliz.

- Aprendi em três anos que quando entramos em campo com a camisa do Vasco, estamos carregando o peso de defender o clube. O torcedor está acostumado a ganhar e as cobranças são naturais. Sou muito feliz de estar nesse grupo. São três anos de Vasco, estou a oito jogos de completar 100 jogos por um clube. Fico feliz de estar representando essa camisa - disse Ramon, ressaltando que o carinho da torcida foi determinante para o seu retorno em 2010:

- O que pesou foi o carinho que eu recebi em 2009. Quando cheguei, ninguém me conhecia e cheguei com muita responsabilidade. No último jogo, logo que a gente subiu, a torcida começou a gritar: “Ramon, fica”. Fiquei arrepiado de ouvir aquilo, que nunca tinha acontecido comigo. Ver o Maracanã, que é um palco de sonho para todo jogador, e a torcida pedindo para eu ficar, isso pesou muito para eu voltar. O carinho da torcida foi o que pesou.

Ramon disse ainda que acredita em uma grande campanha do Vasco no Campeonato Brasileiro. Para ele, o segredo do time da Colina é mesclar jovens talentos com a experiência de ídolos como Felipe e, futuramente, Juninho Pernambucano. O jogador, aliás, não escondeu que é fã do seu hoje companheiro Felipe.

- Tinha um amigo que dizia o seguinte: jogadores jovens ganham jogos, jogadores experientes ganham títulos. A mescla é o equilíbrio que você precisa para uma equipe ser campeã. Com isso, o Vasco ganha, todo mundo ganha. O Felipe é ídolo do Vasco e meu também. Sou fã dele desde a época em que ele surgiu. Usava o cabelo igual ao dele, sempre o imitava nas brincadeiras... É um prazer enorme jogar ao lado dele. Ele me ensina, me dá dicas. Há uma troca de conhecimentos em que eu ganho muito mais do que ele. É uma honra jogar com o Felipe do meu lado - declarou.

No jogo contra o Atlético-PR, Ramon dará lugar a Márcio Careca. Se avançar, o Vasco enfrenta o vencedor do confronto entre Avaí e São Paulo. O primeiro jogo provavelmente será na próxima quarta-feira, dentro de casa.

Fonte: GloboEsporte.com