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José Henrique Coelho comenta os últimos acontecimentos no Vasco


Sexta-feira, 06/05/2011 - 09:23

"Da Incompetência ao Improviso e aos Pênaltis.

Na hora dos pênaltis os dois filhos de um grande amigo se ajoelharam e rezaram e os adultos ficamos com o coração na boca, mas o resultado é conhecido: não deu. Mais uma vez, não deu.

Pelo terceiro ano consecutivo, o time pla-ne-ja-do pela atual diretoria mostrou que seus gestores estão errando muito. Em 2009 fomos os vencedores da série B, sendo que o baixo nível técnico dos demais e do orçamento mais alto fizeram a diferença a nosso favor. Vencemos usando três vezes mais recursos que Guarani, Atlético Goianiense e Ceará.

Ano passado não tivemos campeonato carioca. Nós vascaínos, não. Após início trágico do Brasileiro, uma Copa do Mundo no meio do ano nos permitiu corrigir os erros do planejamento do futebol, com a ajuda de alguns vascaínos que decidiram “refinanciar” o futebol, ainda que sem cobrar do presidente e do seu vice de futebol a irresponsabilidade pelos maus resultados e pela má gestão do clube.

Este ano a “historinha” se repetiu. Para a pré-temporada, mais desorganização. Na véspera do embarque para Atibaia o pagamento da estadia ainda não havia sido feito. Depois os nossos jogadores não conseguiam ser inscritos na FFERJ. O presidente da federação chegou a declarar que “o Clube é uma bagunça...”

- Mas este ano é ano de eleição!
- Não pode ficar assim, senão os sócios nos tiram a “carteirinha”
- Vamos adiar a eleição! Abril, nunca! Tem que ser novembro!
- Será que vai dar? Mas temos que contratar!
- Contratar como? Quem? Em 2010 produzimos mais um rombo de R$17 milhões no balanço e ainda ninguém sabe!
- Que se dane. Tem que contratar!
- Temos que afastar “os ídolos” e garotos propaganda da campanha de sócios! Eles estão atrapalhando!
- É. Tem que ser.
Então trocaram o técnico e chegaram Diego Souza, Bernardo, Alecsandro e Chaparro. Os primeiros, reservas nos seus clubes, o último, machucado e sem jogar este ano.

- Mas o Diego não pode ser inscrito! Ainda não pagamos ao Atlético!
- Alguém tem que arrumar a “grana”!
- Vamos falar com o “empresário remido”. Se perdermos a eleição, ele também perde!

Em ano de eleição, fomos disputar a final da Taça Rio. Todos nós estávamos motivados e acreditávamos no melhor momento do time. Mas, conforme escreveu outro vascaíno, na semana da decisão o presidente lembrou que vai ter eleição e resolveu tentar vencê-la antes mesmo da final da Taça Rio, contratando o rei Juninho Pernambucano, ídolo de todos nós. Na semana da decisão anunciou que Juninho voltaria para ser o capitão, que tem lugar no time e que irá ganhar um salário mínimo. Uma demonstração de falta de planejamento, péssimo para a motivação do elenco.

Se por um lado a euforia eleitoreira apressou o anúncio da novidade, por outro aparentemente provocou esquecimento, por exemplo, a Lista de Elegíveis na secretaria, disponibilizando apenas a Lista com o total de sócios eleitores. Mais uma vez, falta organização e comprometimento.

O improviso é fundamental no teatro, na música, no futebol. O jogador cria o drible, ultrapassa o marcador. Na administração, improviso é sinônimo da falta de pla-ne-ja-men-to. O nosso time, apesar da recuperação após o início da Taça Rio, foi improvisado. Trabalhou pouco tempo junto. Não teve decisão para vencer uma final. Não “intimidou” o adversário.

Precisamos de mais e melhor trabalho. Em 2010, o orçamento teve um rombo de R$17 milhões, o que parece se repetir em 2011, deixando dívidas para as futuras administrações e comprometendo o Vasco cada vez mais.

Para os eleitores amigos, a remissão das dívidas, do estatuto.
Dia 28 de junho é dia de eleição. É dia de o sócio bater pênalti.
"

Fonte: Blog da Chapa Seremos Campeões/Candidato José Henrique Coelho