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Casaca publica nota em resposta às declarações do vice de remo


Sábado, 05/03/2011 - 16:44

Em resposta ao texto publicado neste link, o site do grupo de oposição Casaca publicou a nota reproduzida abaixo:

"Valentia x Covardia

Como discursista a respeito do Remo vascaíno, poucos faltaram tanto com a verdade, como fez o atual vice do setor, ao longo dos últimos dois anos e oito meses de sua ridícula passagem na função, que por vezes exerceu em estado emocional não condizente com o cargo, segundo se sabe no “meio do Remo vascaíno”.

Infelizmente, o acovardamento desta “administração” se estendeu, também, ao nosso esporte de berço. Faltou valentia e coragem para José Roberto Saraiva Gomes da Costa assumir perante a opinião pública o descaso de seus parceiros de golpe para com o Remo.

É pacífico entre os vascaínos que o clube abandonou os investimentos no setor. Não foi defendido pelo atual “vice de Remo” com o mínimo de comprometimento. Ao invés da ruptura, o que se viu foi uma resignação própria dos fracos quanto à destruição gradual de todo um trabalho realizado por mais de uma década naquele setor. No que tange, por exemplo, a votações, conscientemente, José Roberto Saraiva Gomes da Costa votou contra seus funcionários e atletas aceitando a cada reunião ordinária do Conselho Deliberativo orçamentos e balanços tão mentirosos, quanto maquiados, que mais evidenciavam um rápido desmoronamento do Remo vascaíno, sabidamente desimportante para a atual “gestão” apoiada pelo omisso “vice-presidente” em questão. Todo voto tem justificativa, até mesmo o voto do perdão. Perdoados foram aqueles que junto ao poder competente pediram desculpas e reconheceram seus erros para com os poderes do Vasco. Imperdoável, entretanto, é gerir um setor do clube e usar do próprio voto para prejudicá-lo junto a seu grupo de trabalho. Uma irresponsabilidade que custou a empregados e colaboradores certamente muito mais que um simples soco na mesa em nome do Vasco. Faltou valentia, sobrou pusilanimidade.

O “vice-presidente de Remo” do Club de Regatas Vasco da Gama “assumiu” sua função em 2008 com o clube, 49 (quarenta e nove) pontos à frente do Flamengo, no Campeonato Estadual de Remo, notadamente a competição entre clubes mais difícil e importante neste esporte no Rio de Janeiro. De lá para cá, o Remo cruzmaltino decresceu de forma visível chegando ao ridículo de ostentar o inaceitável terceiro lugar no certame de 2010. Ainda em relação ao ano passado, o Campeão Brasileiro “no meio do Remo” é o Botafogo e José Roberto Saraiva Gomes da Costa não pode bancar o que disse a não ser em meio a seus devaneios noturnos.

Mas e os atletas? São culpados disso? Não, não são. Com o abandono do setor, as grandes estrelas saíram e o que se vê hoje é um grupo de abnegados e corajosos vascaínos que não largaram o barco. Um grupo de abnegados e corajosos funcionários que mesmo à mercê de inúmeros atrasos em seus vencimentos não deixaram o barco correr. Já o ex-remador, contemporâneo distante do pai de Pedro Valente – que também remou com orgulho e valentia pelo Vasco – não proporcionou o mínimo para impedir que o barco virasse e o esporte naufragasse, a partir de 2009.

Sobre o fato de o Vasco ser o maior vencedor dos Campeonatos Cariocas, não contribuiu para isso na função de vice-presidente de Remo, o Sr. José Roberto Saraiva Gomes da Costa. Salvo por outros mais experientes e capazes que ele, após a diferença no estadual de 2008 sair de 49 para 19 pontos, ainda conseguiu o título daquele ano, praticamente dado de presente à atual administração, junto a uma herança de salários em dia, sede náutica em ótimo estado, harmonia e seguidas vitórias. Daí, sua “gestão” passou a ser responsável pela aproximação do principal rival no número de títulos conquistados, podendo este empatar conosco ainda este ano.

Os destaques do clube, individualmente, existem e existirão no futuro, mas as conquistas do Remo (na competição mais importante do calendário) se dão pelo somatório de vitórias, regata a regata e considerando isso o terceiro lugar do ano passado é autoexplicativo.

No que diz respeito à aquisição de barcos, os chineses de terceira linha, a próxima administração terá, pelo visto, que substituí-los por outros, pois ao cabo de três anos tais já perdem muito em qualidade no que concerne ao desempenho. Já não deslizam na água como quando novos, diferentemente das flotilhas completas (8 barcos) Empacher (empresa alemã construtora de barcos de Remo) adquiridas no final do século anterior e que têm tempo – com alta qualidade de desempenho – próximo ao quádruplo dessas de terceira linha.

Qualquer conselheiro ou benemérito do clube vê as mazelas de nossa Sede Náutica, reunião após reunião. Espera-se que ali naquele espaço maquiagens eleitoreiras deem lugar a reformas estruturais sérias. Sabe-se que o clube fazia manutenção periódica, até o golpe, nos mais variados setores. Ano a ano o salão nobre era pintado, as infiltrações retiradas, havia manutenção periódica do ar condicionado central, bem como dos equipamentos de ginástica. Entre 2007 e o primeiro semestre de 2008 todos os quartos foram reformados, houve pintura geral da sede, construção de uma lavanderia central próxima aos vestiários (com aquisição de material concernente ao uso por funcionários e atletas que dormissem no clube), entre outras ações.

Somos sabedores que as dificuldades encontradas pelo Vasco em vários setores não seriam solucionadas por quem adentrou no clube motivado por ódio e poder (nesta ordem) tão somente. Não foram poucas as pessoas dispostas a ajudar desde os primeiros meses de gestão desse governo nefasto, porém, não só os auxílios foram rechaçados como os partícipes da gestão anterior tratados de forma desrespeitosa, deselegante e até mesmo desleal. Não somente no caso exposto, relacionado à atleta em questão, como também em qualquer outro, nada chegou ao Dr. Pedro Valente. Este, por sinal, não se furtaria a ajudar no que fosse possível, como o fez no Vasco em inúmeras ocasiões, pagando do próprio bolso suplementos alimentares e vitaminas de nutrição esportiva para atletas dos mais variados esportes, entre eles, os do Remo.

Diante do exposto, falar sobre valentia alheia em tendo sido um covarde durante sua “gestão” para com o Remo do Vasco e seus sustentáculos demonstra – tudo isso – apenas um sentimento: inveja.

Casaca!
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Fonte: Casaca