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Ricardo Gomes fala do início de seu trabalho no Vasco


Quarta-feira, 16/02/2011 - 00:22

Na noite desta terça-feira (15/01) o treinador vascaíno Ricardo Gomes concedeu entrevista para o programa semanal 'Só dá Vasco'. Na oportunidade, o comandante cruzmaltino abordou diversos assuntos, tais como a oportunidade de trabalhar no Vasco e com Roberto Dinamite.

Confira na íntegra a transcrição da entrevista:

OPORTUNIDADE DE TRABALHAR NO VASCO

"Quando recebi o convite para trabalhar no Vasco, apesar do momento que era desfavorável e da falta de conquistas, por conta da história do clube, da pressão de alguns vascaínos, não pensei duas vezes e aceitei o convite. Parece que eu não estava errado, pois ambiente que encontramos e temos aqui é muito bom. Mas o Vasco exige trabalho, exige resultados e eu acho que vamos conseguir."

POSTURA DA EQUIPE

"O que me deixou bastante satisfeito além dos resultados obtidos, foi a atitude do time do Vasco. Começou buscando a vitória e quando no primeiro tempo adquirimos a vantagem de cinco gols, eles não recuaram. Acho que isso deve ser uma tônica no nosso trabalho, independente do resultado nós temos sempre que buscar a vitória. Talvez o resultado no final não seja satisfatório, mas a gente não pode mudar. Quando vi o Vasco com oito gols de vantagem, eu mandei o time ir pra frente, jogar no ataque o tempo todo, pois temos sempre que buscar o maior. Conseguimos resgatar a confiança, mas sai feliz não só com o resultado histórico, mas com a postura dos jogadores do Vasco. Gostaria destacar a atuação do Fellipe Bastos, mas gostei de todos os jogadores do Vasco e temos que ter essa postura daqui pra frente."

VASCO NO CAMINHO DOS TÍTULOS

"A pressão do futebol no Vasco é pelo fato dele sempre ter sido campeão. Então, a pressão no Vasco é como de todo grande clube, antiga e não muda não. Clube grande tem cobrança diária por títulos e mesmo um time campeão sofre com a pressão. Na Europa existem quatro grandes clubes brigando por títulos, enquanto no Brasil são vários com história e brigando por conquistas."

EQUIPE DE TRABALHO

"Iniciamos o trabalho com o Gaúcho e com o Jorge Luiz, que ficaram na comissão e que estão sendo importantes, pois dirigiram o time nos jogos antes da minha chegada. Tem o meu auxiliar Cristovão Borges, que jogou no Bahia e trabalhou comigo no Vitória e em todos os clubes que trabalhei no Brasil, com exceção do São Paulo porque ele estava no mundo árabe trabalhando com o Cerezao. Trabalhou comigo e o conheço muito bem, existe um química muito favorável no nosso trabalho. Trouxemos também o Rodrigo Poletto, que é um preparador físico com uma formação muita boa. Trabalhei com ele no Juventude em 2002, nós fizmos um bom trabalho no Campeonato Brasileiro e ele apesar de estar com 30 anos demonstrou ter um potencial fortíssimo. Isso se confirmou depois com ele indo trabalhar na seleção do Panamá e no exterior. Aqui no Brasil ele não trabalhou em nenhum grande clube, mas já tem uma bagagem necessária para tal e potencial também. Então, a torcida vascaína pode ficar tranquila, pois temos uma equipe de trabalho muito boa."

Ricardo Gomes fala sobre aspectos táticos da equipe do Vasco

No segundo trecho de sua entrevista para o programa 'Só dá Vasco' nesta terça-feira (15/01), o técnico Ricardo Gomes falou sobre a oportunidade de trabalhar com Roberto Dinamite e sobre alguns aspectos táticos da equipe.

Confira na íntegra a transcrição da entrevista:

TRABALHAR COM ROBERTO DINAMITE

"É melhor estar do lado dele do que contra. Eu estou muito contente, feliz de ter essa oportunidade e espero corresponder plenamente. Já tive o nosso presidente como adversário, fiz amizade e sei que ele faz parte de uma história muito bonita no Vasco."

APROVEITAMENTO DOS LATERAIS

"O futebol moderno exige a participarção dos laterais, dos alas, e nós temos os dois laterais, Ramon eo Fágner, que são jogadores que tem um parte ofensiva muito forte. Então, vamos aproveitar o que os jogadores tem de melhor. Colocamos uma situação que eles vão ter responsabilidade de ajudar atrás, mas também vão tirar proveito da parte ofensiva, onde eles são muito fortes."

COBRANÇA DE FALTAS E CHUTES DE FORA DA ÁREA

"Nós temos que trabalhar, dar ênfase, diariamente nas bolas paradas, ou seja, escanteios e faltas frontais. Hoje o jogador, no jogo corrido, sem bola parada, ele vai ter mais chances longe da área, do que perto dela. Então, esses chutes de longa distância a gente tem trabalhando também nos treinamentos, pois é onde se terá um esforço maior para se ajeitar, preparar bem e obter o sucesso. É o tipo de coisa que você tem que perder boa parte do dia trabalhando."

COBRADOR DE PÊNALTIS

"Não tivemos nenhuma penalidade ainda, mas sei que vinha batendo o Marcel e ele bate muito bem. O Fellipe Bastos, que voltou agora, bate muito bem na bola. Então, ainda não defini, pois ainda não trabalhei com as penalidades, foquei em outros pontos. Mas, isso ai, até sexta-feira eu irei olhar o batedor. Mas vale citar que no caso do pênalti é diferente, pois você trabalho no treino e raramente consegue representar o cenário de um jogo e às vezes você consegue ter um rendimento bom no treino e não consegue no jogo. Necessita de um tempo maior e acho que só vou conseguir definir isso com dois ou três treinos."

Fonte: Supervasco