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Antônio Lopes Júnior lembra como ajudou o pai a tornar Felipe titular


Domingo, 24/10/2010 - 12:24

Para ser um jogador de futebol muitas vezes não basta apenas mostrar que sabe jogar bola, mas também precisa ter sorte e estar no momento certo, no lugar certo. Auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, Antônio Lopes Jr pode se orgulhar de ter ajudado dois grandes jogadores do Brasil no início de suas carreiras de sucesso. Felipe e Léo Moura, que se enfrentam no clássico deste domingo, entre Vasco e Flamengo, às 18h30m, no Engenhão, têm algo em comum e podem creditar a maior chance de suas vidas à intuição desse profissional.

Influenciado pela vitoriosa carreira do pai no futebol, Antônio Lopes Jr começou a trabalhar com esporte muito cedo. Em 1996, era auxiliar técnico de Carlos Roberto nos juniores do Botafogo. Foi em Marechal Hermes, local dos treinamentos das divisões de base do Glorioso, que teve a oportunidade de conhecer e escolher, dentro de um grupo de 30 jogadores, um lateral que viria a marcar história no Flamengo.

- Era auxiliar do Carlos Roberto, mas o clube tinha um grupo grande de jogadores e mais uns 30 fazendo experiência. Quando o Dé (Aranha) chegou para assumir os juniores, me disse que não tinha condições de trabalhar com tanta gente. Queria um grupo com 33 atletas e nós fomos cortando aos poucos. Nos que estavam na fase de experiência, só escolhi o Leonardo (Leo Moura) e o Cauê, que acabou não vingando. O Léo só soube dessa história esse mês quando o Dé veio visitar o Vanderlei aqui no Flamengo.

O meia Felipe foi outro jogador famoso que teve ajuda de Antônio Lopes Jr. No mesmo ano, ele se surpreendeu com a habilidade do jovem lateral cruzmaltino em um jogo dos juniores diante do Vasco. Quando chegou em casa, fez questão de ligar para o pai, que comandava o Cerro Porteño-PAR, e comentar sobre a atuação do vascaíno.

Cinco meses depois, Antônio Lopes assumiu o profissional do Vasco e o destino de Felipe estava traçado. O técnico, que não estava satisfeito com a lateral esquerda do time, acabou dando uma oportunidade para o jovem Felipe, que voltou a ser lembrado pelo filho do comandante, e ele nunca mais deixou o elenco principal da Colina.

- No meio de 1996, fomos jogar contra o Vasco. Eu já conhecia o Bill, que era titular, mas não foi ele que atuou. Durante o jogo, fiquei observando o lateral esquerdo indo bem e perguntei ao pessoal do banco quem o conhecia. O Rivaldo disse que chamava-se Felipe. Meu pai estava no Cerro Porteño, mas sempre conversávamos à noite e falei que tinha visto um belo jogador nos juniores do Vasco. Em outubro, meu pai veio para São Januário. Lembro-me que o Cássio era o lateral, mas ele não estava rendendo bem nos treinamentos que antecediam um clássico, no Maracanã. Foi ai que lembrei do Felipe e sugeri o nome dele na quinta-feira. Sexta, ele já estava treinando entre os profissionais, acabou ganhando a vaga e jogando no domingo.

Felipe sabe da história e disse que pode ajudar aos mais jovens que almejam um destaque maior. Segundo ele, o fato mostra como é importante estar sempre preparado para qualquer jogo.

- Essa história é importante para os jovens saberem que é fundamental entrar em todos os jogos com vontade. Na época, eu era reserva nos juniores e tive a oportunidade no clássico. Acabei me destacando e fui elogiado.

Fonte: GloboEsporte.com