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Zé Roberto diz que, no Vasco, ambiente é mais tranquilo para trabalhar


Sexta-feira, 22/10/2010 - 10:14

Em seu segundo jogo contra o Flamengo desde que chegou à Colina, Zé Roberto já percebeu a diferença entre disputar um Clássico dos Milhões de cada lado da moeda. Com a certeza de que a cobrança é a mesma nos dois clubes, o meia acredita que, em São Januário, a pressão é menor, deixando o ambiente mais leve.

“A cobrança em cima do resultado é igual, mas existe uma tranquilidade a mais para trabalhar no Vasco”, afirma Zé Roberto, sem entrar em provocação. “Palavra não ganha jogo. Estamos tranquilos e sabemos o que precisa ser feito: é muita entrega, marcação, voltar para ajudar e, quando tiver a bola no pé, é sair para jogar futebol”.

Se chegou sob os olhares de desconfiança dos vascaínos no meio do ano, o jogador diz que já fez a torcida esquecer o seu passado rubro-negro, devido ao empenho que demonstra em campo. “A torcida sempre me apoiou. Gostou de ver o Zé Roberto vestido com a camisa do Vasco. O meu trabalho ajudou muito nisso”, acredita o jogador, que entre a saída da Gávea e a chegada à Colina ficou quase sete meses sem atuar, só treinando no Schalke 04.

Com isso, Zé Roberto é um dos que mais sentem a maratona de jogos do Brasileiro, que teve duas partidas por semana até a rodada passada. O jogador agradece a compreensão do técnico PC Gusmão, que lhe deu descanso em alguns treinos. “É muito desgaste, até porque sou um jogador que não sei me poupar em campo. Uma hora eu sabia que sentiria dores. Normal. Mas, agora é um jogo de superação”.

No Flamengo, que ainda briga contra o rebaixamento, os jogadores encaram a partida de domingo como um divisor de águas. A expressão também é utilizada em São Januário, uma vez que o grupo mantém vivo o sonho da Libertadores.

“Esse clássico representa alimentar um sonho de G-4, uma vitória contra o seu maior rival, satisfazer o ego do torcedor e nos dar moral. É ‘o’ jogo”, analisou Zé Roberto, que, também em sintonia com os rivais, não enxerga o caos em caso de derrota.

“Não vai ser o fim do mundo, mas vencer clássico é muito bom. Até porque, se a gente ganhar, nos dará mais força e tranquilidade, e, se perder, as cobranças vão aumentar. A vaga na Libertadores valerá como o título para nós”, disse.

Com a experiência de quem jogou do outro lado no ano passado, Zé Roberto poderia ser um bom olheiro a serviço do técnico Paulo Cesar Gusmão. Mas o camisa 10 não faz esse papel, por julgar desnecessário.

“Não tem segredo. São duas equipes vizinhas, da mesma cidade, que se conhecem muito bem. Assim como eles sabem quem marcar do nosso lado, nós também sabemos. O clássico vai ser decidido na entrega e no detalhe”, aposta o experiente jogador.

Fonte: O Dia