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Rafael Carioca é 2º que mais atuou em 2010, mas renovação é dificil


Quarta-feira, 20/10/2010 - 03:01

Nada de dribles bonitos, passes espetaculares ou gols. A função de Rafael Carioca não vai além de roubar e entregar a bola aos companheiros com qualidade — como costuma pedir o técnico Paulo Cesar Gusmão. “Por isso sou o homem-invisível dentro de campo. Ninguém me vê”, brinca Rafael Carioca. “Na verdade, quem conhece de futebol, vê”.

O trabalho que parece simples é o que faz a posição de volante ser a menos notada nas arquibancadas, mas, para Carioca, é o que menos importa:

“O torcedor vai ao estádio para ver espetáculo. Um gol bonito. Eu não ligo, cada um tem a sua função e, fora isso, eu não tenho essa qualidade para fazer o que os caras fazem”, diz, o sincero volante de São Gonçalo.

Na expectativa do clássico contra o Flamengo, Rafael Carioca considera que a semana passa a ser diferente, em que ambos só pensam nos três pontos. “O Vasco vai para vencer. A vitória sobre o maior rival dá muita moral”, diz o atleta. “Temos que quebrar esse tabu”, completou Rafael Carioca, referindo-se aos últimos três jogos entre os dois. O Vasco não venceu o Flamengo em 2010: são duas derrotas no Estadual e um empate, no Brasileiro.

Apesar de ser bem menos notado em campo, depois do goleiro Fernando Prass, o volante é o jogador que mais atuou. Desde a sua estreia, em 28 de janeiro, ele participou de 49 dos 60 jogos que o Vasco fez na temporada.

“É uma boa marca. No Brasileiro que fiz pelo Grêmio, em 2008, joguei 37 vezes, só fiquei fora de uma partida. Procuro me cuidar para estar sempre jogando, é importante”, diz o jogador, que pertence ao Spartak, de Moscou, e está emprestado ao Vasco até o fim do ano.

Apesar do interesse do time da Colina e do próprio jogador, a renovação de Carioca será difícil de acontecer. Para esta temporada o Vasco desembolsou cerca de US$ 100 (na época R$ 180 mil, por um ano de contrato). “Tivemos que negociar muito com o Spartak porque eles não queriam o empréstimo. Passado esse primeiro ano, acho muito pouco provável que eles queiram prorrogar”, diz o diretor executivo, Rodrigo Caetano.

“Ele terá que manifestar esse interesse em permanecer”, completa.

Fonte: O Dia