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Elinton, ex-Vasco, conta história de superação após sofrer goleada


Sábado, 04/09/2010 - 11:35

Elinton fez uma nova tatuagem nas costas. Uma frase que o goleiro, ex-Vasco, criou para definir a carreira: “Sou como Fênix. Quando todos julgam que estou derrotado e ferido, ressurjo das cinzas mais forte e com mais vontade de lutar. Sou guerreiro e não me deixo abater, meu objetivo é vencer!”

Elinton, que acaba de lançar um site oficial em três idiomas, tem uma história de luta mesmo. A primeira grande chance como profissional veio no Vasco, em 2005. Acabou marcado por uma goleada por 7 a 2 para o Atlético-PR. Deixou o clube e viveu momentos difíceis. Foi parar no Vietnã, mas nem chegou a assinar contrato. Depois da decepção, resolveu ir para Portugal para tentar tirar o passaporte europeu. Ficou na casa de parentes distantes da esposa Fernanda, na cidade de Vieira do Minho, em Portugal.

Sem clube, Elinton tentava manter a forma do jeito que era possível: “Plantei batata, tomate, pepino. Virei praticamente um agricultor. Passou o Natal, o Réveillon, 2006 começou e nada do passaporte europeu chegar. Agüentei como pude. Treinava sozinho todo dia. Às segundas-feiras eu subia a montanha correndo, às terças fazia um circuito no campo onde as ovelhas ficavam. Quarta-feira era dia de treino de velocidade em uma subida que tinha perto de casa. Às quintas e sextas treinava com bola, chutando na parede para treinar o reflexo”

Foram sete meses nesta rotina incerta. A musculação era feita com as malas onde ficavam guardados os objetos pessoais. Como alternativa para se manter financeiramente, resolveu jogar futevôlei. Elinton só voltou a arrumar um clube com possibilidade de jogar em janeiro de 2007, após chegar a ir a Igreja de São Judas Tadeu, no Rio de Janeiro, pedir uma chance na carreira. Recebeu um convite do Moto Club, do Maranhão. A partir daí a carreira decolou. Foi parar no Rapid Bucaresti, da Romênia, onde virou ídolo do clube. Agora, está no Olympique de Marselha, onde conquistou a Copa da Liga da França e o Campeonato Francês.

“Nunca esquecerei a atitude de Heinze (jogador argentino), meu grande amigo, que quando fez o primeiro gol contra o Rennes, no jogo em que fomos campeões, veio na minha direção na comemoração do gol e gritava ‘casita’, ’casita’, lembrando que se conquistássemos o título, eu teria condições de comprar minha primeira tão sonhada ‘casita’. Eu chorava como uma criança”

Tatuagem
Tatuagem
Treinos sem muita estrutura para manter a forma em Portugal
Treinos sem muita estrutura para manter a forma em Portugal
Heinze e o abraço para comemorar o gol
Heinze e o abraço para comemorar o gol "casita" que deu o título ao Olympique
Fonte: Blog Primeira Mão - GloboEsporte.com