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VASCO EMPATA COM O FLUMINENSE NO MARACANÃ: 2 A 2


Domingo, 22/08/2010 - 20:25

Na estreia com a camisa tricolor, Deco teve a chance de sair como herói aos 40 minutos do segundo tempo. A bola apareceu limpa para o meia fazer o gol da vitória. Mas o chute foi parar nas nuvens e os gritos de "Deco, Deco, Deco..." vieram, irônicamente, da torcida cruzmaltina. No último lance, Carlos Alberto também poderia ser o nome do jogo. Mas o chute cruzado, aos 47, passou muito perto da trave de Fernando Henrique. Os dois lances mostram como o clássico foi emocionante, com direito a quebra de recorde e que vai entrar para a história como o maior público do Campeonato Brasileiro de 2010. No total, 80.080 torcedores estiveram neste domingo, no Maracanã, para acompanhar o empate de 2 a 2 entre Fluminense e Vasco, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, o Fluminense segue na liderança do Campeonato Brasileiro com 33 pontos, mas viu a diferença para o Corinthians - que venceu o São Paulo por 3 a 0 - diminuir para dois pontos. Já o Vasco segue em crescente. Está com 21 pontos em nono lugar, agora na frente do Flamengo. Na próxima rodada, o Fluminense viaja até Goiânia para enfrentar o Goiás, na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Serra Dourada. Já o Vasco encara o São Paulo, no Morumbi, às 22h.

O JOGO

Foi um espetáculo digno do Maracanã, que a partir desta segunda-feira começa a receber as obras para a Copa do Mundo de 2014, orçadas em R$ 705 milhões. O palco mais tradicional do futebol brasileiro vai ter a capacidade reduzida parcialmente para 45 mil torcedores com a retirada das cadeiras inferiores nesta primeira etapa das reformas.

Tricolores e vascaínos lotaram o estádio, acabaram com todos os 66.757 ingressos colocados à venda. Quando os dois times entraram em campo, o que se viu foi uma linda festa nas arquibancadas. A torcida cruzmaltina, com milhares de balões brancos entre as bandeiras, montaram um lindo cenário. Pelo outro lado, o tradicional mosaico simulava a bandeira do Fluminense e três faixas ao longo do anel superior formavam a frase "Orgulho de ser tricolor"

Em campo, clima de paz. Escolhido pelos torcedores em uma votação pela Internet, o goleiro Fernando Prass usava a camisa 112, uma homenagem ao aniversário vascaíno no último sábado. Enquanto Fernando Henrique se ajoelhava no chão, beijava cada uma das luvas e pedia ajuda dos céus, Carlos Alberto corria para o banco tricolor para dar um forte abraço no amigo Deco, que começava a partida na reserva.

Veio o apito inicial. Pela primeira vez, Paulo César Gusmão escalou Carlos Alberto, Felipe, Zé Roberto e Éder Luis juntos. Para isso, o treinador mudou o esquema tático do Vasco para o 3-5-2 e deixou Felipe como ala na esquerda, como no início da carreira. O Fluminense começou melhor, na pressão. Conca tinha liberdade para jogar. O Vasco demorou a acertar o posicionamento. Rapidamente, o Tricolor percebeu que o caminho era pelo alto. Emerson tentou primeiro. Mas cabeceou fraco e no meio do gol. Mas aos seis minutos, após cobrança de escanteio de Conca, Gum subiu mais alto que a defesa. Fernando Prass ainda fez um milagre e evitou o gol após a cabeçada. Mas a bola sobrou para o zagueiro, que soltou a bomba e estufou a rede. Fluminense 1 a 0.

O Vasco estava assustado. E Conca poderia ter feito o segundo. Após uma arrancada impressionante, o argentino perdeu o equilíbrio ao entrar na área e não conseguiu concluir. Mas após os 15 minutos iniciais, o Fluminense diminuiu o ritmo e a torcida tricolor se calou na arquibancada. E, aos poucos, o Vasco foi se organizando. Felipe saiu da esquerda e foi mais para o meio. Zé Roberto se movimentava mais. O Time da Colina passou a ter mais o controle de bola.

Mas o jogo estava travado, com poucos espaços. A solução parecia estar na bola parada. Falta na entrada da área. Ótima chance. Mas Carlos Alberto acertou a barreira. O empate poderia ter vindo pelo alto. Felipe cobrou escanteio, Nilton desviou e Carlos Alberto apareceu livre na segunda trave com o goleiro Fernando Henrique já batido no lance. Mas a conclusão foi para fora.

O capitão cruzmaltino, porém, se redimiu aos 37 minutos. Em um ótimo contra-ataque, Carlos Alberto deu um passe primoroso para Éder Luis. Na cara de Fernando Henrique, o atacante tocou rasteiro e deixou tudo igual: 1 a 1. Na comemoração, o camisa 19 correu todo o campo e foi dar um forte abraço no técnico Paulo César Gusmão para acabar com qualquer dúvida de que a relação entre os dois estaria arranhada. E o primeiro tempo terminava.

Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo. E o clássico recomeçou eletrizante. Logo no primeiro minuto, Julio Cesar arriscou da entrada da área e Fernando Prass voou no canto direito para espalmar para escanteio. A resposta veio em alto estilo. E parecia replay do primeiro gol vascaíno. Contra-ataque em velocidade, Carlos Alberto novamente encontra Éder Luis livre entre os zagueiros. O atacante, com muita calma, toca rasteiro na saída de Fernando Henrique. Era a virada cruzmaltina: 2 a 1. O terceiro gol de Éder Luis em quatro jogos.

Em desvantagem, o Fluminense se lançou para o ataque. Emerson, bem marcado, não conseguia espaços. Mas lutava como poucos. E o esforço foi recompensado. Aos 14 minutos, o atacante não desistiu de um lance na linha de fundo, pressionou Felipe e aproveitou uma distração do vascaíno para roubar a bola e cruzar para a área. A pane da defesa parece ter contaminado Zé Roberto, que interceptou o passe, mas também não tirou a bola da área. E viu Julio Cesar aparecer chutando de primeira no canto de Fernando Prass para empatar o clássico.

Logo após o empate tricolor, Paulo César Gusmão resolveu tirar Felipe, cansado. Pelo lado tricolor, Deco finalmente entrou em campo aos 29 minutos. Mas o meia pouco produziu. O jogo ficou amarrado, com poucas oportunidades de cada lado.

Na melhor chance, a estrela tricolor falhou e isolou para longe a vitória. Julio Cesar fez boa jogada pela esquerda e cruzou. A defesa vascaína dormiu e deixou Deco livre na marca do pênalti. O meia tinha tudo para marcar o gol da vitória e sair do Maracanã como herói. Mas o chute ganhou altura e passou muito longe do travessão de Fernando Prass. O nome de Deco foi cantado em alto e bom som. Mas pelos torcedores vascaínos. Final no Maracanã: 2 a 2.

GALERIA

Vestiário do Vasco
Vestiário do Vasco
Vestiário do Vasco
Vestiário do Vasco
Vestiário do Vasco
Vestiário do Vasco
Fernando 

Prass
Fernando Prass
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Torcida do Vasco
Fernando Prass
Fernando Prass
Nilton
Nilton
Carlos 

Alberto
Carlos Alberto
Dedé
Dedé
Nilton
Nilton
Carlos 

Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto e Felipe
Carlos Alberto e Felipe
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Éder Luís
Romulo e Rafael Carioca
Romulo e Rafael Carioca
Rafael 

Carioca
Rafael Carioca
Zé Roberto
Zé Roberto
Fagner
Fagner
Fagner
Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Jogadores comemoram gol de Fagner
Zé Roberto
Zé Roberto
Carlos 

Alberto
Carlos Alberto
Carlos 

Alberto
Carlos Alberto
Carlos 

Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Dedé
Dedé
Rafael Carioca
Rafael Carioca
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Éder Luís
Éder Luís
Fagner
Fagner
Zé Roberto
Zé Roberto
Rafael Carioca
Rafael Carioca
Rafael Carioca
Rafael Carioca
Felipe
Felipe
Carlinhos
Carlinhos
Carlos Alberto
Carlos Alberto
Jonathan
Jonathan
Fernando Prass
Fernando Prass
Allan
Allan
Paulo César Gusmão
Paulo César Gusmão

VÍDEO

FICHA TÉCNICA

VASCO 2 X 2 FLUMINENSE

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (FIFA/RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (FIFA/RJ) e Rodrigo Pereira Joia (RJ)

Renda/público: 66.757 pagantes. 80.080 presentes. Renda: R$ 1.784.395,00

Cartões amarelos: Fernando, Zé Roberto, Carlinhos (VAS); Leandro Euzébio, Emerson (FLU)

Gols: Gum, 6'/1ºT (0-1); Éder Luís, 37'/1ºT (1-1); Fágner, 2'/2ºT (2-1); Julio Cesar, 14'/2ºT (2-2)

VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Fernando e Carlos Alberto; Nilton, Rafael Carioca, Rômulo (Alan, 24'/2ºT) e Felipe (Carlinhos, 20'/2°T); Zé Roberto e Éder Luís. Técnico: PC Gusmão.

FLUMINENSE: Fernando Henrique; Leandro Euzébio, Gum e André Luis; Mariano, Diguinho (Deco, 29'/2ºT), Diogo, Conca e Julio Cesar; Emerson e Washington (Fernando Bob, 38'/2ºT). Técnico: Muricy Ramalho.

ESTATÍSTICAS

Estatísticas Vasco 2x2 Fluminense
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Estatísticas Vasco 2x2 Fluminense
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TROFÉU NETVASCO 2010

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Col.JogadorMédiaCol. no anoMédia no ano
Carlos Alberto9.24007.2780
Fernando Prass8.32687.1989
Fagner8.31236.8411
Éder Luís8.2413*7.2130
Dedé8.07236.0816
Nilton7.173012º5.7819
Rafael Carioca7.041716º5.6158
Fernando6.886914º5.7079
Romulo6.41526.2703
10ºAllan5.8128*6.0513
11ºJonathan5.7127*6.7147
12ºZé Roberto5.3469*7.3498
13ºCarlinhos5.0593*5.6173
14ºFelipe4.8106*6.6776
* = não classificado (menos de 10 jogos) | Total de votos: 3237 | Ranking 2010

Fonte: GloboEsporte.com (texto, vídeo), O Globo online (ficha, fotos), UOL (fotos, estatísticas), Site oficial do Vasco (fotos), O Dia online (fotos)