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Nelson Rocha deu detalhes sobre os fundos de investimento do Vasco


Terça-feira, 17/08/2010 - 14:05

Em entrevista no programa de Rádio 'Só Dá Vasco' desta segunda-feira (16/08), o vice-presidente do Departamento de Finanças do Vasco Nelson Rocha falou sobre detalhes sobre os fundos de investimento do Vasco:

"Na realidade, são dois fundos. Esse fundo de investimento para ativos de jogadores contempla duas formas. Uma primeira, que é um modelo parecido com o que é hoje feito pela Traffic, que é uma empresa constituída, uma S/A de capital fechado, com um número 'x' de empresários, que colocariam recursos em jogadores e os jogadores seriam colocados no Vasco. São empresários vascaínos que colocariam esses jogadores no Vasco. Eles seriam detentores do direito econômico desses jogadores, com a vinculação do direito federativo ao Vasco. Depois, no caso de venda, o Vasco ganharia um percentual sobre o valor que fosse conseguido. A mais valia, o que se conseguisse de ganho, uma parte seria para o Vasco."

"Tem um outro modelo que a gente desenhou também. É um modelo muito mais complexo, que requer ainda alguma profundidade de análise porque é a constituição de um novo mercado, um mercado que não existe nem aqui, nem no mundo. Mas seria a pulverização desses investidores, de modo que todos pudessem aderir a um fundo em que você teria uma cota fixa. Essa cota teria que ter uma oscilação diária, como se fosse uma bolsa de valores, só que os ativos são ativos de jogadores. É um modelo complexo, em função da própria estrutura dos clubes brasileiros, que nem sempre dão uma segurança jurídica aos investidores. Mas a gente acredita que esse era um modelo que podia funcionar muito bem, porque você teria os recursos ali disponibilizados e o fundo seria do Vasco. É um negócio bem interessante. Nós teríamos uma participação. O de jogadores, já existiram várias reuniões. As pessoas estão dispostas, mas efetivamente, essa coisa ainda não se concretizou."

"O outro fundo criado é o fundo da dívida, que nós constituímos. É um contrato em que alguns vascaínos já têm investido. É para quitar dívidas. Essas dívidas, com esse fundo, nós teríamos um montante e poderíamos negociar melhor as dívidas existentes. Esse pagamento seria feito com uma carência de três anos. A pessoa ficaria com o dinheiro imobilizado por três anos. Seria remunerada, a taxa de mercado, durante esses três anos, mas é menor do que se eu tivesse que tomar dinheiro para poder pagar determinadas coisas. E renegociaria melhor as dívidas hoje existentes. Nós já temos um montante arrecadado e estamos conseguindo equacionar alguns problemas também já com relação a isso. Ainda é pouco."

"Aproveitando, convocar os vascaínos a participar, procurar o clube. O Cristiano [Koehler], que é o nosso diretor geral, tem conduzido esse processo. Tem cotas. Obviamente que as cotas não são baixas. São cotas altas, mas tem muito vascaíno com dinheiro. Cada cota é de R$ 300 mil. Eu tenho certeza que a gente pode ter muitos vascaínos que queiram ajudar o Vasco. Não é dinheiro dado, não. Hoje, o Vasco é uma grande marca e tem condição de honrar isso. A gente remunerará essas pessoas com os recursos que nós formos adquirindo ao longo do tempo e os superávits que pretendemos - encaminhamento, a condução financeira nesse sentido, para que a gente possa ter superávits financeiros e isso gerar recursos para poder também estar pagando esses empréstimos."

"O Cristiano é que está coordenando. A gente está profissionalizando o clube. Se muitos vascaínos eventualmente não conhecem, o Cristiano é o diretor geral hoje do clube. Nós temos dois grandes pilares, que são o futebol e a gestão. Nós estamos profissionalizando o clube. Era a nossa proposta. Ela está sendo efetivamente colocada em prática, que é trazer gente competente para conduzir o dia-a-dia. Eu tenho as minhas atividades profissionais. Nós precisamos botar profissionais tocando lá o dia-a-dia. Os vice-presidentes, todos os nossos vice-presidentes dão o balizamento, a orientação, a condução da política a ser implementada, mas não estar lá no dia-a-dia, porque cada um tem a sua atividade. Se a pessoa fica lá direto, não tem tempo de cuidar do seu dia-a-dia e acaba confundindo as coisas, misturando o clube e o seu próprio negócio."

Fonte: NETVASCO (transcrição)