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Fernando Prass diz que não pensa em Seleção, mas em jogar bem sempre


Segunda-feira, 02/08/2010 - 09:51

No empate entre Vasco e Flamengo, Fernando Prass saiu vencedor. Depois do jogo, vestido com uma camiseta que trazia a imagem de Che Guevara, o goleiro que fez uma revolução em sua pequena área e, em poucos segundos, fez três defesas espetaculares e em sequência, foi recompensado pelo beijo do filho Caio, de dois anos. Com o mesmo cuidado com o qual voou para espalmar a última bola do jogo, na falta cobrada por Petkovic, ele segurou o herdeiro no colo, mas não quis carregar sozinho os méritos da defesa.

Ao adversário vencido na última chance do jogo, coube o reconhecimento. Quando viu o treinador de goleiros do Vasco, Carlos Germano, Petkovic elogiou Fernando Prass.

— Seu goleiro hoje fechou o gol. Ele é muito bom — disse o resignado sérvio, especialistas em cobranças de falta.

Mais calmo depois da batalha que foram os últimos minutos de jogo, Fernando Prass contou como funcionou a fortaleza de um homem só que ontem foi o gol do Vasco.

— O Vinícius Pacheco chutou cruzado e eu espalmei. Na sobra, um outro jogador do Flamengo chutou e espalmei de novo, até que o Juan entrou de peixinho e consegui fazer a defesa com o corpo — explicou Prass.

Tática para defender falta Na cobrança de falta de Petkovic, Prass revelou que conhecia a estratégia o adversário estrangeiro, que já garantiu um campeonato carioca para o Flamengo cobrando a lendária falta contra o Vasco: — Eu sabia que a falta de Petkovic seria o último lance do jogo. Me posicionei de uma maneira diferente e protegi os dois cantos. Quando a bola passou pela barreira, consegui explodir e defendi. Mas se estamos levando poucos gols, os créditos são do time inteiro, não só da nossa zaga.

A explosão que o impulsionou até o seu ângulo esquerdo foi o último esforço de um goleiro que viveu no limite por alguns infinitos minutos no fim do jogo.

— No final dos jogos, sempre há mais tensão. Perdemos o controle da partida e a minha adrenalina foi lá em cima. Tive que respirar e esperar a adrenalina baixar — disse.

O técnico da seleção, Mano Menezes, assistiu a tudo de um camarote. Mas a presença do treinador, que chamou goleiros novos, como Renan e Jefferson, em sua primeira convocação, não impressionou Fernando Prass.

— Não penso nisto (seleção). Penso em jogar bem sempre, agradar à torcida, ao treinador e ao meu presidente — declarou o goleiro.

O presidente gostou do que viu. Apesar do empate, Roberto Dinamite aprovou a atuação do Vasco ontem.

— Gostei do que eu vi. O Vasco ainda vai colher os frutos das contratações que fez — afirmou Dinamite.

Para o treinador Paulo César Gusmão, o resultado não pode ser considerado ruim, apesar de o Vasco ter perdido uma posição na tabela.

Ele aprovou a atuação de Felipe e Zé Roberto. E disse que Carlos Alber to ainda não tem condições de jogar desde o início: — A ideia era ganhar três pontos. Não deu. Mas o ponto conquistado está de bom tamanho.

Estou satisfeito e tenho que elogiar os jogadores.

Fonte: O Globo