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Hélton fala sobre sua passagem pelo Vasco


Quarta-feira, 16/06/2010 - 09:01

O ex-goleiro do Vasco Hélton, hoje no Porto-POR, em entrevista ao programa "Só Dá Vasco" da última 2ª-feira (14/06), falou sobre sua passagem pelo clube:

"Com certeza, falar para essa nação vascaína é sempre muito importante. Foi quem me deu essa oportunidade de crescer, de aprender muito e até mesmo mostrar o talento que Deus me deu, não só para o Rio de Janeiro, mas para o mundo. Hoje, graças a Deus, eu tenho esse prestígio, tenho essa moral, como a gente costuma dizer. Agradeço muito ao Vasco, que me deu essa oportunidade."

SER UMA REFERÊNCIA ENTRE OS GOLEIROS QUE JÁ PASSARAM PELO VASCO

"Eu acho que a recíproca é verdadeira, porque, para mim, também é muito gratificante saber que, mesmo depois de oito anos já, eu ainda sou lembrado pela torcida, que tanto me apoiou em momentos bons e em momentos ruins que nós conseguimos atravessar. Para mim, é muito gratificante. Eu acho que, nada melhor do que um jogador poder sair de um clube e ser relembrado. Isso, para mim, foi muito bom."

INÍCIO DE CARREIRA NO VASCO

"Eu, que acabei por chegar no Vasco de uma forma um pouco complicada, porque morava em Niterói, morava em Alcântara, na altura, e não tinha grandes condições de atravessar todos os dias a nossa poça para poder ter uma oportunidade. Através de um grande amigo, que jogava comigo no Marajoara e falou 'Olha, abriram as inscrições. Cara, só depende de você'. Eu falei 'Poxa, mas eu não tenho dinheiro nem para a passagem, o que dirá para a inscrição'. Ele acabou por me ajudar, pagou a minha na inscrição época, eu juntei o dinheiro para a passagem e fui embora. E tive a oportunidade, com o Luizinho Rangel, em São Gonçalo, onde ele me aprovou, fazendo os testes nas escolinhas. Me mandou para o professor Luiz Cândido, na altura, que era Avenida Brasil. Daí então, o professor Luiz Cândido falou 'Olha, você agora tem que fazer um teste lá no Vasco'. Quando eu cheguei no Vasco, tive o privilégio - posso dizer que foi um privilégio - de ter sido aprovado por um treinador que, para mim, marcou muito, e que até hoje marca muito. Inclusive, mesmo no local onde eu trabalho hoje, cito o nome dele como se fosse o meu herói, que foi o Agostinho Cunha. Foi um treinador que revelou muita gente. Passou muita gente nas mãos dele. Eu sou grato até hoje por esse oportunidade. Aí acabei sendo aprovado no Vasco. Eu me lembro que, na época, era bastante complicado. Nós éramos sete goleiros. Eu vim trabalhando, vim trabalhando, vim me esforçando. Graças a Deus, consegui ter uma oportunidade de poder fazer a minha história no Vasco como goleiro titular. Graças a isso também, consegui chegar aonde eu cheguei, de alguma forma mostrar também o nosso trabalho, o trabalho que é feito aqui no Brasil, onde antigamente era muito criticado, de que não havia goleiro brasileiro bom, que pudesse fazer a diferença. Graças a Deus, eu sempre ressalto que o Taffarel e o Dida foram ambos pioneiros - isso, na minha geração - para que nós pudéssemos ter uma oportunidade e ser visto diferente na Europa. Eu consegui sair do Vasco com esse peso de um grande clube no Brasil, onde todos puderem também respeitar o meu trabalho, que se iniciou nesse grande clube."

Fonte: NETVASCO (transcrição)



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