CBF rejeita pedido de paralisação do Campeonato Brasileiro
Quarta-feira, 24/04/2024 - 14:32
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que não há nenhuma intenção de paralisar o Brasileiro por conta do pedido do presidente da CPI da Manipulação de Apostas Esportivas, Jorge Kajuru. E não vê consistência nos relatos até agora de manipulação na Série A. Segundo ele, a entidade trabalhará para continuidade da competição se houver qualquer medida para tentar para-la.

A CPI da Manipulação de Apostas ouviu, na segunda-feira, o depoimento do dono do Botafogo, John Textor. Na ocasião, ele repetiu acusações de armações em jogos da Série A, sem apresentar provas. Em sessão secreta, diz ter mostrado evidências.

Na terça-feira, a ANAF (associação de árbitros) pediu a paralisação do Brasileiro. Kajuru defendeu a medida na CPI no Senado.

"A CBF não trabalha de forma alguma com hipótese de paralisar o campeonato, que é íntegro. Não tem como parar uma competição que é limpa e é transparente. Se tiver alguma situação nesse sentido (de tentar parar), a CBF vai trabalhar para que a competição continue", disse Rodrigues ao blog.

O dirigente ressaltou que não há nenhum árbitro do quadro nacional da CBF filiado à ANAF. Ou seja, nenhuma greve puxada pela entidade teria impacto na competição.

Ednaldo ressaltou os danos para o futebol brasileiro no caso de uma paralisação do campeonato.

"A CBF respeita qualquer posição de associação, respeita CPI. Parar o campeonato não afeta só um clube, um jogador. Movimenta todos os patrocínios, as quatro séries do Brasileiro, Copa do Brasil. Paralisa o país, a empregabilidade, as logísticas de viagem. Baseado em situações (acusações) em relatos que não têm substância, consistência. Entendo que tem que ser dado à contradição. Se estão dizendo isso, e esse cara (John Textor) diz isso, está no papel da CPI levar todos clubes e serem ouvidos", disse o dirigente.

Ele se referiu às acusações de manipulação de resultados feitas por Textor com base em um relatório da empresa "Good Game!" Com base em Inteligência Artificial e experts analisando comportamento de jogadores em campo.

O presidente da CBF não quis falar sobre Textor ressaltando que seu assunto com ele já está na Justiça. A CBF processa o dirigente desde o ano passado quando o empresário norte-americano falou em corrupção na confederação após perder o jogo para o Palmeiras. Cada nova declaração de Textor é acrescentada ao processo inicial.



Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL