Estratégia judicial para impedir que dupla Fla-Flu assuma o Maracanã une situação e oposição no Vasco
Quinta-feira, 11/04/2019 - 18:27
Foi dado início ao movimento arquitetado pelo Vasco para que uma pilha de ações sejam abertas no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) com o objetivo de evitar que Flamengo, principalmente, e o Fluminense assumam a gestão Maracanã pelos próximos 180 dias.

O primeiro processo, informado inicialmente pelo "LANCE!", foi aberto pelo conselheiro Luis Manuel Fernandes e coloca como réus o governador Wilson Witzel, o secretário estadual de Esporte, Felipe Bornier, além do próprio Estado do Rio. O objetivo principal é a busca de uma liminar que invalide o edital de chamamento público e também seus efeitos - no caso, a assinatura do contrato, que será nesta sexta-feira, no Palácio Guanabara.

Segundo informou o TJ, a juíza da 13ª Vara da Fazenda Pública deu um prazo de 72 horas para que as partes se manifestem no processo antes de decidir se concederá a liminar ou não.

Segundo o GLOBO apurou, há um acordo nos bastidores do Vasco para que mais Ações Populares sejam impetradas. Ao mesmo tempo, há um acordo de cavalheiros entre figuras da situação e da oposição para que ninguém ganhe capital político com os processos. O próprio Vasco planeja entrar com uma ação - um mandado de garantia ou ação anulatória.

Na petição inicial do primeiro processo, há a acusação de que o procedimento foi direcionado pelo governo do Rio para que Flamengo e Fluminense, mesmo sem condições para tal, fossem os permissionários da gestão do Maracanã.

O Flamengo está ciente da movimentação, mas entende que a responsabilidade é da Procuradoria-Geral do Estado.

Matérias do GLOBO citadas

No documento para abertura do processo, foram usadas algumas matérias publicadas pelo GLOBO sobre o assunto. A primeira mostra como foram retiradas exigências do termo de permissão de uso , tornando viável a candidatura dos clubes.

Para o autor do processo, esse fato "pinta com cores fortes as evidências que o processo não passou de um jogo de cartas marcadas" e um "acintoso golpe na moralidade administrativa".

A segunda reproduz uma declaração do vice de relações externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. No dia da posse de Rogério Caboclo na CBF, o dirigente rubro-negro disse: "Vamos virar donos do boteco".



Fonte: O Globo Online