Godoi pode ter Peralta como concorrente em eleição para a presidência do Conselho de Beneméritos
Sexta-feira, 22/03/2019 - 09:25
Primeiro na linha de sucessão do Conselho de Beneméritos do Vasco, Silvio Godoi herdou a cadeira de presidente depois da morte de Eurico Miranda, no último dia 12. Mas decidiu ratificar sua permanência no cargo convocando uma eleição para que o substituto de Eurico seja escolhido pelos beneméritos. Ainda não há uma definição quanto à data do pleito, mas o presidente — que se autointitula "interino" — diz que será em breve.

Sílvio Godoi tenta herdar o capital político deixado por Eurico e tem marcado reuniões às terças e quintas-feiras em São Januário para traçar diretrizes e alinhar objetivos com outros conselheiros. Segundo ele, sua ideia é manter a linha política que vinha sendo praticada por seu antecessor:

— Não queremos tumulto. O Vasco precisa de harmonia. Ainda não é hora de falar em política; precisamos deixar as desavenças, a favor do clube.

Existe chance de Sílvio Godoi ter a concorrência de Antônio Peralta, que já vinha buscando apoio dentro do Conselho de Beneméritos antes da morte de Eurico Miranda, o que desagradou a alguns conselheiros. Ele é aliado de José Luiz Moreira, com quem lançou um grupo, o Vasco Independente.

— Essa é uma possibilidade, o Peralta vir como candidato, mas não há nada oficial — afirmou o ex-vice de futebol das gestões Eurico.

De olho na secretaria

Ex-vice-presidente na segunda gestão de Roberto Dinamite, Peralta tem sido cogitado em duas posições estratégicas no clube: ou na presidência do Conselho de Beneméritos, ou na vice-presidência de Comunicação, atualmente ocupada por Diego Carvalho. A pasta é importante por ser a responsável pela secretaria do clube, onde ocorre a entrada de novos sócios. Alexandre Campello sofre pressão interna para que substitua Carvalho, que está em Portugal por questões profissionais.

— Se por acaso eu sair, não será ninguém ligado ao Peralta que entrará no meu lugar — afirmou Diego Carvalho.

Peralta sofre resistência interna por ter o nome envolvido nas denúncias de associação em massa às vésperas da eleição de 2014, no caso que ficou conhecido como "mensalão vascaíno". Ao mesmo tempo, ele se aproxima de Alexandre Campello e oferece ao presidente um apoio importante caso um processo de afastamento seja sugerido pela oposição.



Fonte: O Globo Online