Diretoria teme que Leandro Castan repita Anderson Martins e saia do Vasco a custo zero para o novo clube
Domingo, 09/12/2018 - 09:07
Já sem gozar de muita popularidade com parte da torcida do Vasco, a última coisa que o presidente Alexandre Campello precisa nesta janela de transferências é de um caso Anderson Martins para chamar de seu. Em São Januário, o temor da diretoria é de que Leandro Castan, interessado em ir para o Corinthians, repita o que fez o atual zagueiro do São Paulo no começo da temporada. Manter o jogador na Colina virou questão de honra e de estratégia para o clube.

Com apenas R$ 4 milhões para reforços na previsão orçamentária para 2019, a diretoria sabe que dificilmente encontrará outro jogador da mesma qualidade que Castan, que venha sem custos para o clube, como foi o caso do zagueiro. Além disso, a pressão da torcida para que a diretoria ao menos consiga uma boa contrapartida na hipótese de saída - seja o pagamento da multa rescisória, seja o envolvimento de jogadores do Corinthians - é grande. Um acordo para uma rescisão sem custos, como sonham os paulistas, será um duro golpe na credibilidade de Campello.

Depois de conversar com Castan por telefone, o presidente Alexandre Campello conseguiu com que o jogador baixasse um pouco o tom a respeito do desejo de voltar para o Corinthians, onde foi campeão brasileiro e da Libertadores. Em suas redes sociais, afirmou que "a única coisa concreta é seu contrato com o Vasco e que o resto é especulação".

Ainda assim, uma reunião com Marcelo Castan, pai e representante do zagueiro, acontecerá na semana que vem. Nela, as partes devem bater o martelo a respeito do futuro do jogador.

Caso ele saia sem custos, será o segundo caso em que o principal zagueiro do elenco do Vasco deixará o clube rumo a um adversário de São Paulo depois de boa temporada pelo Cruz-maltino. Ano passado, Anderson Martins retornou ao futebol brasileiro e foi um dos destaques da campanha que levou a equipe à Libertadores. Depois, com salários atrasados e alegando preocupação com o momento político do clube, ele pediu ao presidente Eurico Miranda que fosse liberado para se transferir para o São Paulo. Seu contrato ia até dezembro de 2020, mas o jogador conseguiu a rescisão a custo zero, em um dos últimos atos de Eurico antes de ser sucedido por Alexandre Campello.



Fonte: Extra Online