Natação Paralímpica: Camille Rodrigues fala sobre participação na abertura do 'Fantástico'
Terça-feira, 07/08/2018 - 16:58
Há 45 anos no ar, o Fantástico lançou uma nova abertura na noite de domingo e um dos destaques da montagem foi a nadadora paralímpica Camille Rodrigues. O convite para participar das gravações veio em abril, Camille estava focada nos treinamentos para um Open Internacional e o Circuito Nacional de Natação Paralímpica. Por sorte, os cronogramas não bateram e o hobby não atrapalhou o trabalho.

- A natação sempre esteve presente na minha vida, virou uma profissão, mas a dança veio na adolescência e me encontrei. Para mim esse convite foi sensacional, fui entender o tamanho do convite no dia da gravação, eu só chorava. Um programa tão antigo, tão clássico da televisão brasileira, nem consigo falar direito, só gratidão! - disse Camille, ainda emocionada.

Em uma abertura que sempre aborda temas como inovação e futuro, a prótese usada por Camille trouxe a tecnologia como uma suporte para a inclusão. Foram duas semanas de ensaio nos Estúdios Globo, dançando das 10 até as 15h. No dia de rodar valendo, uma mega produção: steadicam, fundo de chroma e um ambiente inteiro criado digitalmente.

- Usei uma prótese potente para conseguir aguentar as duas semanas de dança e muito impacto. Foi um trabalho árduo, mas muito gostoso de fazer!

A apresentação foi comemorada por atletas e até pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons.

- Sensacional ver a atleta paralímpica Camille Rodrigues dançando na nova abertura do Fantástico. O programa inova ao colocar uma pessoa com deficiência dançando em um dos espaços mais importantes da televisão brasileira. É inovação! É inclusão! - escreveu Andrew Parsons em uma rede social.

O amor pela dança surgiu na adolescência e nunca mais parou, Camille já participou de videoclipes de grandes nomes como Anitta e Lucas Lucco. Além disso, ela também faz sucesso na rede com vídeos dançando na sala de casa, já são 245 mil seguidores.

- Se eu fico uma semana sem postar vídeo de dança nas rede sociais, os seguidores começam a comentar pedindo. A dança entrou na minha vida para ajudar na minha auto-estima e no reconhecimento perante a sociedade.

Ouro nos 400m livre no Paparan de Toronto, a nadadora compete pelo Vasco e está focada na vaga para os Jogos de Tóquio. O plano é pendurar o maiô depois de competir no Japão e, então, se dedicar à dança e à carreira de nutricionista, curso que deve concluir em 2020.




Fonte: GloboEsporte.com


Atleta paraolímpica é destaque em nova abertura do Fantástico

Uma atleta da seleção brasileira de natação paraolímpica é uma das protagonistas da nova abertura do Fantástico, programa dominical da Rede Globo. Camille Rodrigues, que disputou os Jogos Rio-2016, divide com outros três dançarinos a apresentação em um dos espaços mais icônicos da televisão brasileira.

"Eu jamais imaginaria que entraria para história de um programa jornalístico como o Fantástico, que tem aberturas famosas. Não consigo precisar o que sinto. No dia da gravação, fiquei muito emocionada. É uma mistura de orgulho, de que tudo que precisei abdicar pela minha carreira deu certo", comentou a nadadora da classe S9.

Camille, que é atleta do Vasco da Gama, fez parte da seleção brasileira em duas edições dos Jogos Parapan-Americanos – conquistou três medalhas de ouro em Toronto-2015 e disputou a Rio-2016. A carreira de nadadora, porém, é dividida com a dança, especialmente pelas redes sociais. Só no Instagram ela tem quase 250 mil seguidores. A fama a colocou nos palcos. Recentemente, dançou com a cantora Anitta no palco do Prêmio Multishow. Também contracenou com o sertanejo Lucas Lucco em um clipe lançado há dois meses.

"Quando eu era pequena, não tinha esse tipo de referência, não tinha uma motivação externa, era só o que tinha dentro de mim. Eu cresci sem referências e sei que isso é importante. Muitos deficientes ficam em casa, ou não se sentem completos, confiantes e esse tipo de projeto traz uma motivação para essas pessoas. Inspira-as a correrem atrás do que querem, a seguir lutando. Recebi muitos feedbacks de pessoas com deficiência dizendo que se motivaram por minha causa", revelou.

A nadadora, que amputou a perna na altura do joelho aos 3 anos devido a uma má formação congênita na perna direita, e participa de competições desde os 14 anos, quer encerrar a carreira como atleta de alto-rendimento depois de Tóquio-2020.

"Vai ser foco em Lima-2019 e seletivas para os Jogos de Tóquio. Tá muito perto, a gente tem só dois anos até Tóquio. Vou estar concentrada nisso e assim que acabar o Parapan começar a pensar nas seletivas. Minha carreira vai até aí. Pretendo me aposentar em Tóquio e dar foto com outras coisas, como minha faculdade de Nutrição. Já deixei muito aprendizado e muitas coisas boas no movimento paraolímpico", contou.




Fonte: UOL