Edmundo: 'Isso é uma disputa de futebol e quem tem que ver se houve irregularidade é o árbitro'
Domingo, 17/09/2017 - 22:43
Torcedor assumido do Vasco, o hoje comentarista Edmundo, claro, reprovou o grave erro de arbitragem que resultou na derrota do clube do seu coração para o líder Corinthians, neste domingo (17), em Itaquera, com gol irregular, de braço, de Jô. Mas o comentarista foi na contramão da maioria que cobrou que o jogador se acusasse. Para o ex-jogador analista do FOX Sports, o corintiano não tem essa obrigação, e os culpados são os profissionais da equipe de arbitragem da partida.

"É muito claro que ele sabe aonde bateu, porque ele fala para o Ramon que foi com o peito, então ele sabe onde tocou. No mínimo, ele acha que tocou no peito. Não acho que o Jô tenha que mudar o mundo, servir de exemplo, senão o futebol perde o seu sentido. Se tem que ser politicamente correto, o Simon (analista de arbitragem da FOX) está dizendo que foi pênalti em cima do Jô e então o Breno também tinha que levantar: ‘Ei, foi pênalti aqui'. E o futebol ia perder todo o sentido", opinou na redonda A Última Palavra, do FOX Sports.

"Não acho que o Jô tenha que ser o cara mais verdadeiro do mundo, salvar o mundo. Não, isso é uma disputa de futebol e quem tem que ver se houve irregularidade é o árbitro. Ele está ali para isso. A única coisa que eu discordo é o Jô insistir que não sabe onde bateu. Ou, pelo menos, já ter visto, ou no vestiário ou de alguém ter chegado para ele e dito: ‘Foi com o braço'. A certeza de que foi com o braço ele já tinha quando deixou as dependências da Arena Corinthians", completou.

Já Zinho, outro ex-jogador comentarista da FOX, disse acreditar na fala do corintiano: "Pode ter acontecido isso, de na hora ali, no momento ele não perceber que foi no braço: ‘Ah, pode ter sido no ombro'. Eu tô indo por um lado de ter sido um lance rápido, mas acho que depois, cabeça fria, tomou banho, na entrevista, quando passou na zona mista, aí ele poderia falar."

E Edmundo voltou a comentar sobre a polêmica: "Acho que você tem que dar o que você recebe. A gente não recebe educação, não tem exemplos no nosso país, então não entendo que atleta de futebol tenha a obrigação de ser exemplo de nada. É uma profissão, uma disputa, é profissional. Ele é pago para ganhar, para se esforçar, ir a campo e ganhar, e foi isso que ele fez. Não precisa chegar e falar: ‘Pô, cara, anula o gol porque foi de mão'. Não", reforçou.

"Ele podia ser verdadeiro com ele mesmo e com a imagem. Tomara que agora ele tenha refletido, ter visto que bateu no braço, só que aquele cidadão de amarelo, Eduardo Valadão (árbitro assistente adicional), o árbitro (Elmo Alves Resende Cunha), esses estão ali para isso, são essas pessoas que deveriam ter visto. Eu não o culpo, porque as pessoas que deveriam ter visto que foi com o braço e não viram", finalizou.



Fonte: Blog UOL Esporte vê TV - UOL