Torcedoras amazonenses vibram com chance de acompanhar seus times pela 1ª vez

Segunda-feira, 11/04/2016 - 11:35
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A paixão por dois clubes grandes e tradicionais do Rio de Janeiro promete emocionar, de forma especial, duas torcedoras amazonenses. Neste domingo (17), quando os times de Vasco e Fluminense entrarem em campo, a partir das 15h, pela sétima e última rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca, a cuidadora de idosos Jeane Perdigão, 33, e a auxiliar de saúde bucal Shirlene Mady, 35, irão vivenciar algo inédito na vida delas.

Pela primeira vez, elas conseguirão ver ao vivo os clubes do coração e ainda no ‘quintal de casa’. Na última vez que o Fluminense esteve em Manaus, no dia 12 de dezembro de 1999, para enfrentar o São Raimundo pela decisão da Série C do Brasileiro, em um Vivaldo Lima lotado, Jeane tinha 17 anos. A expectativa agora de ficar perto dos jogadores do Fluminense enche de ansiedade a manauara.

“Nossa! É um privilégio e uma emoção muito grande (assistir ao Flu pessoalmente na Arena). Minha irmã do meio (Gleiciane Perdigão, 34) também é tricolor e assim que me avisou sobre o jogo fui logo comprar os ingressos. Ficaremos no anel superior (das arquibancadas do estádio) e espero conseguir um autógrafo do Fred (atacante)”, disse Jeane, na torcida para que o ídolo Fred, que brigou com o técnico Levir Culpi e pode sair do clube nesta semana, venha a Manaus.

Por influência do pai, Crelio Francisco, carioca do interior do Rio e fanático pelo clube das Laranjeiras, ela torce desde os 6 anos de idade para o Fluminense. E como toda torcedora, a cuidadora mantém o otimismo num bom resultado em campo. “Eu acredito que o Flu ganhará do Vasco, por 3 a 1, com dois gols do Fred e um do Gerson (meia)”, apostou Jeane Perdigão.

‘Nasceu vascaína’

O pai, Adelson Marques, tem paixão pelo Fluminense. A mãe, Artemisa, prefere o Flamengo. Já as cinco irmãs e os quatro irmãos dividem as torcidas pelos clubes de São Paulo, como Corinthians, Palmeiras e São Paulo, e do Rio de Janeiro, como o Rubro-Negro e o Vasco da Gama. No meio dessa mistura, Shirlene Mady explicou que a escolha pelo Cruz-Maltino como time do coração veio ‘do berço’ e livre de qualquer influência familiar.

“Quando comecei a me entender como pessoa e conhecer o futebol, percebi que a paixão pelo Vasco existe desde criança. Nunca torci por outro time, foi algo que surgiu naturalmente. Sou a única vascaína da família junto com meu irmão mais novo, que também já nasceu com esse amor (pelo Gigante da Colina)”, disse a auxiliar de saúde bucal.

E apesar de todo o amor demonstrado nas redes sociais, como Facebook e Instagram, ao Vasco da Gama, Shirlene não suporta o rótulo de torcedora ‘fanática’. “Já fui chamada assim pelos flamenguistas, é claro. Mas em minha opinião, sou bem light e apaixonada pelo Vasco. Quem é fanático por um clube pode chegar a brigar e não faço isso”, ponderou a vascaína.

Depois de perder por motivos profissionais os jogos anteriores do Vasco na Arena da Amazônia, entre os quais pela Copa do Brasil e Série B do Brasileiro, em 2014, e o torneio amistoso Super Series, no ano passado, Shirlene Mady espera ganhar dois presentes antecipados de aniversário. Ela completa 36 anos no dia 22 deste mês.

“Acredito que vou ganhar um ingresso para o jogo, mas quero ver o Vasco triunfar na Arena, apesar de ter medo de ficar no meio de multidão. Só assisto às partidas em casa devido ao conforto e à segurança. Mas lá no estádio, perto do Vasco, seriam mais intensas as emoções. Ficaria ansiosa, nervosa, alegre e até choraria”, revelou a torcedora.




Fonte: D24am.com