Em processo de reformulação de lojas oficiais, Vasco pode mudar até o nome 'Gigante da Colina'

Sábado, 12/03/2016 - 09:21
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O Vasco vai reformular sua rede de lojas oficiais, a Gigante da Colina. O departamento jurídico do clube, amparado pelo marketing, renegocia com a SPR, a empresa responsável pela gestão das franquias, o contrato de oito anos assinado pelo ex-presidente Roberto Dinamite em maio de 2010. O novo modelo deve ser definido até abril, e mudanças levarão alguns meses para ser implementadas.

A Gigante da Colina começou com a meta de abrir 100 unidades em cinco anos. O objetivo tinha como parâmetro a Poderoso Timão, do Corinthians, também administrada pela SPR. A primeira foi inaugurada em maio de 2011, e a rede chegou a ter 20 lojas abertas. Depois perdeu força. Metade delas fechou, e as dez remanescentes patinam até hoje. Isso despertou a insatisfação de Eurico Miranda.

O Vasco deve manter a SPR como parceira, porém em novo formato. A empresa hoje atua de dois modos dentro do clube: é uma das 20 fornecedoras de vestuário homologadas e faz a gestão da rede de lojas com exclusividade. O primeiro serviço, de fornecimento, fica como está. O segundo, de administração das franquias, muda.

No modelo atual, a SPR controla tudo. Mantém uma central de negociação com fornecedores de produtos, consolida pedidos de franqueados, define quais produtos vão para as prateleiras, padroniza preços. No novo modelo, o fraqueado terá mais liberdade de escolha. Ele poderá negociar diretamente com fornecedores para tentar espremer preços e condições de pagamento mais favoráveis, usar sistemas operacionais diferentes, ter mais autonomia na precificação dos produtos. A SPR, neste esquema, passa a prestar apenas suporte e consultoria conforme as necessidades deles.

Este novo modelo, descentralizado, é a resposta que o Vasco dará para reanimar a rede de lojas que começou em 2010. A renegociação envolve três partes – clube, franqueadora e franqueados – e tende a mudar taxas, processos e até o nome, Gigante da Colina.

Por que não deu certo?

Lojas de clubes de futebol não estão descoladas da economia brasileira. Fatores como juros, inflação e desemprego em alta, combinados à renda familiar em baixa, fazem com que o consumo diminua em toda a sociedade. O Vasco, para piorar, foi rebaixado pela terceira vez em 2015 para a Série B do Campeonato Brasileiro. A SPR ainda é criticada por lojistas por todos os padrões que impõe. São respostas para uma rede que só chegou a um décimo do que sonhou.




Fonte: Blog Época EC - Época