Novo ano, velhas provocações; confira as frases de Vasco e Urubu para o clássico

Sábado, 13/02/2016 - 11:12
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- Está morto.

- A gente vai ganhar!

- Vão precisar melhorar...

- Não tem estádio!

As falas parecem jogadas em uma mesa de bar, numa conversa entre torcedores. Poderia ser. Mas são de pessoas ligadas a Vasco e Flamengo. As provocações, tanto de 2015 quanto de 2016, agitam o clima para o clássico deste domingo, em São Januário, que será realizado às 17h (de Brasília). Se ano passado a superioridade do Cruz-Maltino sobre o rival - quatro vitórias, dois empates e uma derrota - fez com que Rodrigo tirasse um sarro dos rubro-negros, esse ano Emerson Sheik garante que a história será diferente.

No primeiro dia de desfile do grupo especial das escolas de samba, na Sapucaí, Sheik, rodeado de amigos, não se intimidou ao falar do clássico. O camisa 11, que havia encontrado o amigo Edmundo, ídolo cruz-maltino, abriu um sorriso e resumiu:

- Vou falar o que do jogo? Não tem o que falar. A gente vai ganhar - disse Sheik.

Em 2015, apesar da má fase que se delineava no Campeonato Brasileiro, o Vasco espantava a tristeza eliminando o Flamengo na semifinal do Campeonato Carioca e nas oitavas de final da Copa do Brasil. No Brasileirão, também vitórias. Capitão do time, Rodrigo, entre muitas provocações, mostrou, com as mãos, o número de jogos que o Fla não vencia o Vasco. A cena aconteceu após o Cruz-Maltino eliminar o Rubro-Negro pela Copa do Brasil.

Não foi a única provocação do zagueiro ao rival no ano. Em setembro, após a vitória pelo Brasileirão em que marcou um gol de falta sobre o Flamengo, Rodrigo disse que o Rubro-Negro precisava melhorar para vencer o Vasco em 2016.

- É um time que nos ajuda bastante ainda mais nessa caminhada nossa (contra o rebaixamento). Só tem que dar uma melhoradinha ano que vem para ver se ganha da gente - alfinetou Rodrigo na saída de campo.

E aí veio a história de São Januário...

A tabela divulgada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) agitou o clássico quase um mês antes da data marcada. Local: São Januário. O Vasco fez prevalecer seu mando de campo, e o presidente Eurico Miranda bateu o pé: "O Vasco não joga fora do Rio de Janeiro". Logo as discussões sobre o tema começaram, assim como as provocações...

Os dois times não se enfrentam lá desde 2005. Os questionamentos sobre a segurança do estádio, e também sobre a divisão das torcidas (90% do Vasco e 10% do Flamengo) não fugiram à pauta. Ao seu jeito mais calmo, o mandatário rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, disse que não quer levar risco aos seus torcedores.

- A gente não gostaria de descumprir decisão judicial nem de embarcar em aventura que possa levar risco aos nossos torcedores. O Flamengo não se recusa a jogar nem em São Januário nem em qualquer lugar desde que a segurança esteja absolutamente garantida e que todas as decisões judicais estejam cumpridas.

Muricy Ramalho, por outro lado, disse que não vê problemas em jogar em São Januário. Bastou a declaração do técnico para Eurico Miranda alfinetar o presidente rival. Em entrevista coletiva na tarde de sexta-feira, o mandatário vascaíno provocou.

- O interesse do presidente do Flamengo é tumultuar o futebol. São Januário tem culpa de existir? O Vasco tem culpa de ter estádio? Eu acho que ele (Bandeira de Mello) está tomando lições todo dia. Na cabeça dele o estádio não tem segurança. Aí vem o treinador dele dizendo que o estádio é ótimo, o único que tem… Agora, ele tem que conversar com o treinador. Por que chama pra ele atenção do 90-10? Porque ele não tem estádio. Esse é o problema. Ele não tem noção.

E assim começa a história de mais um Vasco x Flamengo...

Fonte: GloboEsporte.com