Vasco fez valer contrato e boa relação para segurar Nenê, apesar da forte concorrência

Sábado, 09/01/2016 - 20:38
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Ontem foi um dia de vitória para o Vasco. Um dos jogadores mais valorizados em atuação no futebol brasileiro, Nenê cumpriu a promessa e se reapresentou pela manhã em São Januário, para dar início aos exames médicos da pré-temporada. Sua presença sinaliza que, por mais difícil que tenha sido, a diretoria conseguiu segurar seu principal nome para 2016.

Até o momento, o Vasco superou as próprias limitações para mantê-lo no elenco. Com poucos recursos disponíveis e a ingrata missão de disputar a Série B este ano, o Vasco permaneceu com o jogador graças ao forte vínculo que foi criado entre as partes, apesar da relação curta, de cinco meses.

Além de ter se tornado ídolo da torcida e referência dentro do elenco, o que também prendeu o meia na Colina foi o contrato, com duração até dezembro de 2016. A diretoria não se mostrou disposta a abrir mão do camisa 10, apesar do alto salário, incomum para equipes que vão disputar a Série B.

Por sua vez, a multa rescisória para clubes nacionais se tornou um impeditivo para rivais como Palmeiras, que logo saiu de cena, e Atlético Mineiro, que insistiu na contratação e usou a Libertadores para seduzir o jogador, além de ainda ter acenado com o empréstimo de atletas numa tentativa de convencer o Vasco. Tudo em vão.

O calcanhar de Aquiles segue sendo uma proposta do exterior. O acordo de cavalheiros está em vigor: em caso de oferta de fora do Brasil que Nenê considere boa, o Vasco tem a obrigação de liberá-lo caso não consiga fazer uma contraproposta à altura. Por enquanto, nada chegou. Os companheiros de elenco agradecem.

— Nenê é um excelente jogador, ele ajudou bastante a equipe em 2015 e esse ano vai estar motivado. Espero que ele possa nos ajudar ainda mais. Nenê é um líder dentro da equipe, um jogador diferenciado — elogiou o lateral-direito Madson.

O que inicialmente parecia fora de cogitação, inclusive nas palavras de pessoas próximas a Nenê, se encaminha para acontecer: a presença do camisa 10 na Série B. Em São Januário, sua permanência se tornou questão de honra. Até porque, no atual cenário de poucos recursos e de disputa da Segundona, o que age como repelente de grandes nomes, trazer um jogador do mesmo nível para substituí-lo seria tarefa das mais difíceis.



Fonte: Extra