Ingressos para Vasco x Santos têm pouca procura; torcedor-símbolo Caíque reclama do preço

Quinta-feira, 26/11/2015 - 09:50
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Apesar de a torcida vascaína ter resolvido acreditar, a mobilização para o jogo de domingo contra o Santos, em São Januário, mostra algum receio de mais um rebaixamento em seu estádio. A promessa é de comparecer em peso e empurrar o time até o fim, ainda que a procura tenha sido baixa nesta quarta-feira na abertura das bilheterias. O clube não divulgou parcial.

Como o momento não é de festa, nada de especial será preparado. No último jogo em casa, no empate em 1 a 1 com o Corinthians, as organizadas haviam combinado entoar as músicas das torcidas em um único coro. Mas não aconteceu conforme o planejado. Agora, está mais para se agarrar na fé de cada um.

— Já botei na minha plaquinha embaixo de “Fé”, “Eu acredito”. Eu sempre vou ter fé por mais que esteja na beira do abismo. Ainda acredito que vai sair dessa — disse Caíque do Nascimento, um dos torcedores símbolos do Vasco.

No total, foram colocados pouco mais de 20 mil ingressos à venda. Porém, por problemas técnicos, o clube voltou atrás na comercialização pela internet, que havia sido anunciada no início da semana. Para garantir presença no último jogo do ano em São Januário, que pode decretar a queda ou dar a sobrevida necessária, o torcedor de ir até os postos até sábado. Por questões de segurança, não haverá vendas no dia da partida.

Reconhecido pelos galhos de arruda e o cartaz de papelão, Caíque ainda não garantiu sua presença em São Januário. O motivo foi a falta de dinheiro. Ele até foi ao estádio ontem, mas vai esperar cair algum na mão para comprar seu ingresso. O bilhete custa R$ 80. Sem direito à meia entrada, o torcedor, que trabalha de ajudante numa loja de PVC em Nova Iguaçu, vai tentar arrumar mais barato.

— Estou quebrado. Não posso dar R$80,00 num ingresso. Contra o Corinthians, comprei a R$ 50 reais com cambista. Todos já me conhecem e quando chego lá perguntam se tenho ou não. Às vezes, me fazem um preço camarada. Vou dar um jeito, tenho que estar lá — disse.

Fonte: O Globo Online