Juninho Pernambucano diz que abre mão do que o Vasco lhe deve para a construção de um CT para o clube

Segunda-feira, 09/11/2015 - 21:17
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No Campeonato Brasileiro, o Vasco está tendo uma grande batalha para se manter na primeira divisão em 2016. Fora de campo, a diretoria tem várias lutas para acertar diversas dívidas do clube. Uma dessas contas que ainda estão pendentes é com o ídolo Juninho Pernambucano, referente à última passagem por São Januário. Mas, mesmo tendo divergências com o presidente Eurico Miranda, o Reizinho da Colina deixou claro que pretende um acordo judicial. Em um declaração no programa 'Futebol de Verdade' da Rádio Globo, o ex-jogador propôs uma saída para transformar a dívida em uma nova estrutura para o Vasco.

"Meu ex-empresário (José Fuentes) tem uma ação contra o Vasco e também vou ter até o final do ano. A minha indenização gira em torno de R$ 500 a 700 mil. Como tenho a oportunidade de falar ao vivo, venho aqui deixar público que posso fazer um acordo com a diretoria do clube. Se eles quiserem, basta apenas pagar aos meus advogados a parte deles e ficar todo o restante para ajudar o Vasco. Abro mão aqui ao vivo, não sou moleque. Como poderia caducar minha ação, estou autorizando meu advogado a entrar na justiça amanhã (terça-feira). Depois ele vai entrar em contato com o juridico do clube para propor esse acordo. Deixo tudo como doação para a construção de um centro de treinamentos para o Vasco, mas tem que estar tudo assinado", afirmou Juninho, que ainda explicou o real motivo das duas ações contra o clube.

"Quando vim pro Vasco, o clube me ofereceu cinco milhões por ano. Ganhava oito milhões no Catar livre. Então, teoricamente era para ganhar a mesma coisa. Mesmo com a oferta do clube, disse que não queria ganhar nada. O que queria era prêmios. Se fosse campeão brasileiro, eram três milhões, porque 500 vezes seis meses que fiquei, daria três. Se ficasse com vaga na Libertadores, eram dois milhões. Como ficamos, não recebi até hoje parte desse acordo. Já o Fuentes tinha em mãos essa proposta do Vasco, em papel timbrado, com o valor de cinco milhões. Como aqui no Rio, já tinham Fred e Deco, no Fluminense, poderia pedir 10 milhões por ano e um contrato de quatro temporada, que a diretoria iria me pagar mesmo aos 36 anos. Poderia ser o maior credor do clube. Teria até garantidas aposentarias para minhas filhas. Mas preferi fazer um contrato de objetivos. Recebia 50 mil por jogo, mesmo assim o Eurico critiva esse acordo. Agora ele paga um salário de 300 mil para o Nenê, mas nunca joguei seis jogos por mês. Tenho certeza que dei muito mais em campo na história que o Nenê vem dando, apesar de estar ajudando muito", finalizou.

A diretoria do Vasco já está ciente do acordo pretendido por Juninho Pernambucano e está analisando as palavras do ídolo. Mas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta.



Fonte: Rádio Globo