Desde 2006, último colocado ao fim do 1º turno foi rebaixado para a Série B

Domingo, 16/08/2015 - 11:44
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Derrotado pelo Coritiba com dramaticidade, graças a um erro individual grosseiro que deu ao time paranaense a chance do único gol no Maracanã, o Vasco está sem técnico, sem time, sem comando competente e sem rumo. E virtualmente condenado ao terceiro rebaixamento em oito temporadas! Será necessária uma reação que desafie até a matemática (veja abaixo). Impossível? Não. Mas improvável.

Antes de se iniciar a sequência fundamental para uma reação vascaína, com jogos diante de Joinville, Coritiba, Goiás e Figueirense, o time carioca tinha 12 pontos, a exemplo da equipe catarinense e do próprio Coxa. Os goianos apareciam com 14. Três rodadas depois o Vasco está com 13, o Coritiba foi a 18, o Goiás 19 e o Joinville, ainda sem jogar na rodada que fecha o primeiro turno, já aparece com 16.

Desesperador. Celso Roth não foi demitido após o revés ante o Santos pela falta de um substituto. Que ainda não apareceu. Oswaldo de Oliveira disse não ao ser procurado. Duas vezes. Antonio Lopes reafirmou que não voltará a atuar como técnico. Renato Gaúcho conversou com pessoas do Vasco, mas foi com ele o primeiro rebaixamento, em 2008. Difícil achar uma saída à essa altura.

O destino dos lanternas do 1º turno*

2006 Santa Cruz, 18 pontos - caiu
2007 América-RN, 10 pontos - caiu
2008 Ipatinga, 16 pontos - caiu
2009 Sport, 13 pontos -caiu
2010 Goiás, 13 pontos - caiu
2011 América-MG, 13 potows - caiu
2012 Figueirense, 14 pontos - caiu
2013 Náutico, 10 pontos - caiu
2014 Vitória, 15 pontos - caiu
2015 Vasco, 13 pontos ...

* Brasileiro em pontos corridos com 20 clubes

Falta muita coisa, metade do campeonato, 19 jogos, é tempo e bola rolando de sobra para uma reação. Mas o próprio torcedor parece descrente, como ficou claro na queda de público entre o jogo contra o Joinville, que atraiu mais de 40 mil, e cerca de um quarto dissso na derrota parta o Coritiba. Pior: fica difícil imaginar uma sólida união vascaína em torno de um clube comandado por quem perde credibilidade.

O torcedor que acreditou na balela do "respeito" que teria voltado, hoje se vê humilhado e sem fé, com esperanças frágeis. Fica evidente que o gigante Vasco da Gama precisa urgente de um tratamento que passa pela sua reconstrução. Bravatas que fizeram sucesso no passado estão fora de moda e, na prática, se mostram tão ineficientes quanto o ataque que fez oito gols em 19 jogos.

E quarta-feira tem clássico com o Flamengo pela Copa do Brasil. A pergunta é: essa situação pode piorar?

Fonte: Blog de Mauro Cezar Pereira - ESPN.com.br