Pedro Valente considera troca de lado das torcidas no clássico uma 'usurpação de um direito dos vascaínos'

Quarta-feira, 15/07/2015 - 07:47
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A USURPAÇÃO DE UM DIREITO DOS VASCAÍNOS

Frequento o Maracanã desde a sua inauguração, em 1950. Assisti o Vasco ser o primeiro Campeão Carioca no então maior estádio do mundo, e por isto ter conquistado, dentro de campo, o direito de escolher o lado em que sua valorosa e imensa torcida iria ocupar para sempre.

O vascaíno que aceitar botar sua traseira na mesma cadeira em que senta a urubuzada, à esquerda das cabines de rádio, acatando imposição da obscura e suspeita parceria odebrecht-pó de arroz, abrindo mão de um direito adquirido pelo Vasco há mais de 60 anos, estranhamente renunciado pelo oportunismo e entreguismo do ex-deputado dinamite, passa um recibo de subserviência e conformismo, incompatível com as tradições do Clube e a honra de um verdadeiro vascaíno de raiz.

O atual presidente do tricolor, que por interesses econômicos, cinicamente apela para o comparecimento dos vascaínos ao clássico do próximo domingo, está dando também uma de autêntico traíra, fingindo esquecer que a sua agremiação foi salva da 2ª divisão, indo direto para 1ª, sem competir, por obra e graça do próprio Vasco, desnudando assim o seu caráter e a sua ingratidão.

Por outro lado o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro que se diz vascaíno se comportou na ocasião de forma absolutamente deplorável e omissa em relação ao concessionário público, do ponto de vista dos interesses legítimos do CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA.

Agora, descabidamente, vem um representante do Ministério Público, que acionou a CBF a favor dos interesses do fluminense, tripudiar sobre o Vasco, de forma insólita, dirigindo-se ao Presidente do Clube, falando em “medo de levar surra...”. Gostaria que o nobre representante do MP, com a sua carinha de pó de arroz, estampada em foto no NETVASCO, tivesse pelo menos um pouco de compostura compatível com as responsabilidades do importantíssimo cargo que ocupa.

Em minha opinião, como torcedor e Grande Benemérito, a Diretoria do Vasco nem deveria ter aceitado a tese de torcida única. Já deveria ter tomado todas as medidas judiciais cabíveis, indo as últimas instâncias, para preservar o sagrado direito de sua torcida nos jogos do Maracanã.

Como diz Rudolf Von Ihering, no seu clássico “A Luta pelo Direito” (presenteado a mim, há mais de 40 anos, pelo grande vascaíno e Benemérito João Manuel de Almeida): “a única coisa pior do que cometer uma injustiça é aceitar uma injustiça”.

Viva o Vasco!

Pedro Valente

Fonte: Portal Pedro Valente