Paulo Paixão, novo preparador físico do Vasco: 'Ronaldo não é problema. É solução. Conheço-o já há bastante tempo'

Terça-feira, 23/06/2015 - 08:34
comentário(s)

No pacote de trintões anunciado pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, um jogador que ainda nem fechou completamente com o clube chama a atenção do novo preparador físico da casa, Paulo Paixão. Ronaldinho Gaúcho, de 35 anos, um velho conhecido dos tempos de Grêmio e seleção brasileira, não preocupa por suas baladas ou pelo desinteresse demonstrado nos últimos anos da carreira. Paixão quer o craque. E acredita que o jogador ainda tem muito a mostrar.

- Ronaldo não é problema. É solução. Conheço-o já há bastante tempo. Desde 92, quando cheguei no Sul. O que importa é o que o atleta faz dentro de campo, o que ele produz. Ele sabe com quem vai trabalhar, se for o caso. Sabe das exigências que a gente tem. Ele é o cara, né? Fomos campeões na Copa de 2002 e estivemos juntos também na de 2006. É um jogador de potência muscular apurada. A gente tem que respeitar a idade e encontrar o equilíbrio para que ele volte a mostrar tudo o que conhecemos - disse o preparador. - Craque não dá trabalho. Sabe o que tem que fazer e a hora. Quem pensa que é craque é que dá trabalho. É perigoso.

Se Ronaldinho assinar mesmo, o time ficará com média de idade bem avançada. Afinal, Herrera, de 31, está confirmado como reforço, e o Vasco tem ainda no seu elenco Rodrigo, de 32, e Guiñazu, de 36. Mesmo assim, Paixão, acredita que poderá dar velocidade ao time repleto de veteranos.

- Eu diria que é possível fazer um time mais inteligente, porque esses jogadores sabem cortar o caminho. O que a gente entende é que o atleta, ultrapassando os 30 anos, amadurece e, às vezes, usa sua experiência para executar um gesto rápido, inteligente. O time vai render, vai poder usar a velocidade. Só que não vai ser uma velocidade constante. Não tem como usar o tempo todo. Mas que ele vai usar, vai - garantiu Paixão.

O preparador planeja fazer um apurado trabalho muscular nos atletas, com ênfase nos testes e na prevenção, a fim de evitar lesões ao longo do Campeonato Brasileiro.

- A gente tem por convicção os cuidados musculares. Vamos ver se há algum desequilíbrio muscular, medir o nível de força de cada um. E trabalhar esse atleta para que ele não sofra nenhum tipo de lesão. Não vejo como risco. A gente tem condição de avaliar se o jogador está desgastado fisicamente. O risco ocorre quando você detecta o desgaste, mas o coloca para jogar a partida seguinte. Nesse caso, o risco não é só para quem tem mais de 30 anos.

Fonte: Blog Extracampo - Extra Online