Dois meses depois, torcedores que brigaram na Arena da Amazônia seguem impunes

Sexta-feira, 27/03/2015 - 22:39
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Mais de dois meses após a briga entre torcedores de Flamengo e Vasco, durante o intervalo do clássico carioca na Arena da Amazônia, pelo torneio amistoso ‘Super Series’, no dia 21 de janeiro, os responsáveis pela confusão, que resultou em depredação do estádio, ainda não foram punidos. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), o único avanço na investigação foi a convocação de membros das torcidas organizadas dos times, em Manaus, para depor sobre o episódio.

Uma semana após a confusão, no dia 29 de janeiro, a secretaria chegou a revelar que o inquérito teria 30 dias para ser concluído e estava sendo acompanhado pela Secretaria Adjunta de Grandes Eventos. Agora, 27 dias após o prazo estabelecido, a polícia ainda não identificou nenhum dos agressores envolvidos, mesmo tendo à disposição imagens do circuito interno de segurança do estádio. A SSP-AM não informou uma nova data para a conclusão das investigações.

No dia seguinte à confusão, o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, revelou que os torcedores envolvidos poderiam receber punições previstas pelo Estatuto do Torcedor, que estabelece penas que vão da proibição de comparecimento a eventos esportivos a, até mesmo, prisão.

“Nós lamentamos que pessoas mal-intencionadas tenham entrado no evento com o intuito de promover a briga e não para torcer pelo seu time. Mas a sociedade amazonense pode ter a garantia de que vamos apurar com rigor”, disse à época.

Também na manhã seguinte ao jogo, o governador do Estado, José Melo, comparou o vandalismo na Arena a um câncer a ser extirpado e defendeu punições rigorosas aos envolvidos. “Aquilo não é coisa do amazonense, do Amazonas e de Manaus. Fizemos uma Copa do Mundo organizada em todos os aspectos e recebemos o troféu Fair Play (Jogo Limpo) da Fifa. Aquilo é uma anomalia, um câncer que deve ser extirpado. É algo que ninguém concorda. Este ato tem que ser esquecido e os culpados devem ser punidos da forma mais severa possível”.

No momento do confronto, mil agentes do Sistema de Segurança Pública e 500 integrantes da segurança privada trabalhavam no estádio, mas , segundo testemunhas, não havia policiamento no local da confusão. A briga gerou danos à estrutura do anel de acesso à arquibancada da Arena da Amazônia e entre os itens destruídos estavam um carrinho de bebidas, dois extintores de incêndio, três coletores (de 240 litros) e 16 lixeiras.

Fonte: D24am.com