Especulado no Vasco, Gilson Kleina diz: 'Não recebi sondagens ainda'

Terça-feira, 02/12/2014 - 10:41
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Os dois clubes em que Gilson Kleina trabalhou em 2014 estão ameaçados de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Apesar de ter enfrentado muitos problemas em São Paulo e em Salvador, o técnico garante que não imaginava uma situação desesperadora para Palmeiras e Bahia no final de temporada.

"É claro que isso me surpreende. São duas equipes de tradição, de torcida. No começo do Brasileiro, eu não imaginava o Palmeiras assim. O mesmo vale para o Bahia quando adquiriu uma gordura de quatro pontos na tabela. Mas as coisas desandaram", comentou.

Para o Palmeiras, que festeja o seu centenário em 2014, a situação é um pouco melhor. O time de Dorival Júnior (que também empregou o argentino Ricardo Gareca após a saída de Kleina) soma 39 pontos e atualmente está fora da zona de rebaixamento. Portanto, só depende de si para escapar da queda, com um bom resultado diante do Atlético-PR, em casa, na última rodada.

Já o Bahia totaliza 37 pontos e, além de precisar derrotar o Coritiba como visitante, terá de torcer por tropeços do Palmeiras e do Vitória (38 pontos) para se salvar. "O Palmeiras é uma grande equipe e vai para uma decisão contando só consigo. Tenho certeza de que o Dorival está passando exatamente isso para o time. Infelizmente, o caso do Bahia é diferente. Eles fizeram um grande jogo contra o Grêmio e estão de parabéns por isso, mas está difícil", analisou Kleina.Alheio às crises de seus ex-clubes, o treinador deu a entender que torce para a tabela não sofrer alterações na parte inferior. "Tive uma vida muito maior no Palmeiras", sorriu. "Mas também fui bem recebido no Bahia. Infelizmente, um dos dois não vai conseguir ficar. Aquele que cair deve rever o seu planejamento e avaliar os erros, como eu fiz comigo mesmo, para estar mais próximo de conquistas no futuro", recomendou.

No balanço de seus recentes trabalhos, Kleina não ficou com uma impressão negativa do que realizou no Palmeiras. "Fizemos algo acima da média lá. Conseguimos resgatar a confiança do torcedor. Sabíamos o compromisso na Série B, a dificuldade, e vencemos a competição de maneira muito competente. Vi uma base muito forte ficar ali. Tanto é que as contratações só deveriam ser pontuais, para agregar a força que a camisa do Palmeiras precisa", comentou, lamentando apenas os desfalques de atletas importantes em momentos cruciais.

De qualquer forma, Kleina acredita que o Palmeiras estaria melhor caso tivesse optado por sua permanência. "É claro que a gente sempre acredita no trabalho desenvolvido. Não vou negar. Até porque confiava muito no nosso grupo. Mas entendo a decisão, respeito a hierarquia", salientou. "No Bahia, ao contrário, foi uma pouco atípico para mim. Era um trabalho de três meses. Preciso rever isso na minha carreira. Sempre fiz trabalhos com começo, meio e fim", comparou, sobre o fim precoce em Salvador.

À espera
Especulado como possível treinador de Botafogo ou Vasco em 2015, Gilson Kleina aguarda as formalizações de convites para voltar a estar em atividade. "Não recebi sondagens ainda. Estou esperando o término do Campeonato Brasileiro para entender como os clubes vão se planejar. Espero estar inserido em algum lugar para realizar um projeto de médio a longo prazo, com objetivos maiores", vislumbrou o ex-comandante dos ameaçados Palmeiras e Bahia.

Fonte: Gazeta Esportiva