Ronaldo Luiz, campeão da Libertadores pelo Vasco, tem sido vítima de golpes dados por estelionatários

Sexta-feira, 31/10/2014 - 15:06
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A polícia está à procura de integrantes de uma quadrilha de estelionatários que vêm aplicando golpes em comércios de Minas Gerais. A organização criminosa utiliza documentos falsos para encomendar produtos e depois desaparece com o material. Um dos nomes utilizados por eles é do ex-jogador de Cruzeiro e América, Ronaldo Luiz Gonçalves. Pelo menos três casos já foram identificados. Dois homens foram presos em flagrante na última sexta-feira na Região Norte de Belo Horizonte.

O caso começou a ser investigado na última semana quando dois homens chegaram em um bufê localizado na Região do Barreiro para fazer a locação de cadeiras e mesas. “Um homem, junto com um senhor de idade, chegou no local na quinta-feira e alugou os materiais, porém, não devolveu e sumiu com eles. No dia seguinte, eles voltaram para fazer uma locação de 20 mesas e cadeiras. Foi ai que a dona do estabelecimento começou a desconfiar”, comenta o delegado Jonas Andrade Pavan.

Os dois homens chegaram ao local e entregaram uma cópia de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e uma cópia de comprovante de residência falso. A dona do bufê pesquisou o nome usado pelos estelionatários e descobriu se tratar do ex-lateral Ronaldo Luiz. Ela entrou em contato com ele e descobriu que se tratava de um golpe. “A mulher me ligou e falou que tinha uma encomenda para eu pagar. Mas, disse que não tinha encomendado nada e ela me contou que estavam usando meu nome para aplicar golpes”, disse o ex-atleta.

Depois de descobrir que estava sendo vítima de um golpe, a empresária acionou a polícia que armou um meio de chegar até os suspeitos. Os investigadores foram até o estabelecimento e aguardaram o momento em que os homens iriam pegar a mercadoria encomendada, porém, não conseguiram prender, no primeiro momento, os criminosos. “Chegaram dois homens que foram contratados para fazer o carreto. Então, entramos no veículo e fomos até o local onde foi marcado o encontro”, explicou o delegado.

As mesas e cadeiras foram entregues para dois homens em um bairro próximo ao Cemitério Bosque da Esperança, na Região Norte de Belo Horizonte. “Conseguimos prendê-los em flagrante quando descarregavam o veículo. Um deles era o mesmo que fez a primeira encomenda, o outro não. Agora, vamos atrás do senhor de idade, de uma mulher, que fez o pedido na sexta-feira, e também de outros integrantes do grupo”, disse Pavan.

A identificação dos suspeitos presos não foi confirmada. Ambos estavam sem o documento de identidade e, por isso, se apresentaram com nomes, que não foram passados pela Polícia Civil. Foram colhidas as impressões digitais da dupla que serão analisadas pela perícia.

Ex-jogador pede mais segurança

Da sexta-feira até esta segunda-feira, a polícia já identificou pelo menos três golpes da quadrilha com o nome de Ronaldo. Um deles foi em uma empresa de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Os criminosos também abriram uma conta com o nome do ex-lateral. “Chegou uma conta lá em casa para pagar. Mas, só tenho um celular e o número não é o mesmo da cobrança. Estão usando um documento com o meu nome com uma foto que não é minha e alguns dados divergentes. O número e a validade da carteira, por exemplo, não bati”, comenta o ex-jogador.

A suspeita da polícia é que o documento utilizado pelos criminosos seja o mesmo levado de Ronaldo durante um assalto em 2011. E não é a primeira vez que o ex-atleta passa por caso parecido. Em 2007, criminosos invadiram a residência dele e levaram alguns cheques. Mesmo o ex-lateral tendo sustado a ordem de pagamento, compras foram feitas pelos estelionatários. “Tive que prestar depoimento em BH e Lagoa Santa para explicar a situação. Hoje não sou mais jogador de futebol, mas a gente não tem segurança nenhuma, a não ser a de Deus. A gente não pode deixar de viver e caminhar por causa disso. O que espero é a polícia prender a pessoa que está com o meu documento”, desabafou.

O delegado alerta as pessoas que perderam ou tiveram os documentos levados que, além de fazer um boletim de ocorrência, procurem também a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para alertar sobre o ocorrido. Sendo assim, quando as empresas fizerem a consulta, saberão que pode ser um golpe.



Fonte: Superesportes