Cedida pela Fifa, tecnologia da linha do gol é descartada pela CBF

Sexta-feira, 15/08/2014 - 19:34
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Além das 12 arenas reformadas, a Copa do Mundo deixou outro legado para o futebol brasileiro. A CBF tem à disposição o equipamento da tecnologia da linha do gol (TLG), cedido pela Fifa, com custo bancado por um ano. Mas a modernidade ainda não será posta em prática no Campeonato Brasileiro.

Como a tecnologia só poderia ser utilizada nas 12 arenas em que foram realizados jogos do Mundial, a CBF decidiu abrir mão do recurso para este ano. E o alto custo operacional pode fazer com que a tecnologia fique definitivamente arquivada.

— Estamos pensando em como fazer. Não é uma promessa de que conseguiremos já para 2015. O custo é alto, mas vamos estudar a possibilidade — prometeu Manoel Flores, gerente do departamento de registros da CBF.

O uso do equipamento em todos os estádios que recebem jogos da Série A esbarra no alto custo do equipamento. A instalação fica em torno de US$ 260 mil (cerca de R$ 590 mil), além de US$ 3,9 mil (quase R$ 9 mil) de custo operacional por partida.

A CBF busca uma saída para não desperdiçar a chance de diminuir a margem de erros de arbitragem nas partidas do Campeonato Brasileiro. No quadro atual, porém, o dirigente não vê sentido em aproveitar a tecnologia no atual Campeonato Brasileiro.

— Não faria sentido usar uma tecnologia como essa em 12 arenas se há jogos sendo disputados pelo menos em 30 estádios no Brasil. Isso daria uma vantagem competitiva a quem atuasse nas arenas. O ideal é termos condições de usar o equipamento em todos os jogos da Série A — explicou Manoel Flores.

O uso da tecnologia, segundo o gerente do departamento de competições da CBF, passa por outro ponto importante. Manoel Flores lembra que é preciso treinamento adequado nos estádios.

— Precisamos ter pessoas preparadas para operar o equipamento, além de um alinhamento com as TVs. Não é um processo tão simples — destacou.

Para a Fifa, a definição cabe somente à CBF.

— A tecnologia da linha do gol ficou. Foi destinada à CBF, que vai resolver. Isso é com a CBF — explicou Ricardo Trade, diretor do Comitê Organizador Local (COL).

Fonte: Extra Online