Confira análise tática de Vasco 2 x 0 Oeste

Domingo, 11/05/2014 - 16:52
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Fabrício foi jogador de Adilson Batista no Cruzeiro vice-campeão da Libertadores em 2009. Entrou bem no empate com o Treze pela Copa do Brasil e o treinador apostou no volante mais experiente desde o início contra o Oeste em São Januário com portões fechados pela última vez por conta da punição sofrida pelo clube.

De volta ao 4-3-1-2, o Vasco perdeu 45 minutos com um meio-campo lento, que avançava Fellipe Bastos pela esquerda quase como um meia ao lado de Douglas. Mas só tinha rapidez e profundidade à direita com o jovem Yago, revelação do clube. Diego Renan, que poderia acelerar as jogadas do outro lado, ficou mais preso por conta da velocidade de Eric e Lelê, a ala direita do 4-2-3-1 da equipe paulista. Um primeiro tempo de mais controle do jogo, mas praticamente nenhuma criação.

Adilson corrigiu após o intervalo promovendo a estreia de Rafael Silva, ex-Ituano, na vaga do próprio Fabrício, que não foi mal, mas cansou. Fellipe Bastos recuou como volante e o novo reforço atuou aberto pela esquerda num 4-2-3-1 ofensivo. Que mantinha o quarteto da frente no campo adversário e puxava os volantes e a última linha defensiva na compactação.

Mas deixava espaços atrás que complicaram os zagueiros Luan e Douglas Silva, mesmo com o bom desempenho da dupla. A felicidade foi Diogo Acosta perder um gol carimbando a trave com o goleiro Martín Silva já batido após dar o rebote do chute do próprio centroavante.

Com Marquinhos do Sul na vaga de Yago, Rafael Silva foi para o lado direito e por ali completou o cruzamento da esquerda de Thalles e fez o gol do desafogo. É reforço interessante por jogar pelos lados, mas também como referência. Será importante para Adilson na ausência do lesionado Edmilson e agora de Thalles, que se apresenta à seleção sub-20.

Antes, o centroavante que teve dificuldades para atuar como pivô e não conseguia levar vantagem sobre os zagueiros Ligger e Cris, depois Henrique Mattos, deixou seu gol completando centro da esquerda de Douglas, que cresceu no segundo tempo distribuindo o jogo para velocistas pelos lados.

Segunda vitória em casa, sem sofrer gols. Mas que poderia ter sido mais tranquila pela nítida superioridade vascaína que se refletiu nos números: 56% de posse, 17 a 9 nas finalizações - 11 a 4 na direção da meta.

O treinador cruzmaltino terá tempo para refletir em sua última semana cheia para trabalhar. O Vasco já está no G-4 e a tendência é deslanchar na segunda divisão nacional. Com a integração dos reforços Anderson Salles, Matheus Biteco e Lucas Crispim, Adilson ganha opções para fortalecer o elenco e testar variações.

O jogo de ontem, porém, deixou claro que o Vasco funciona melhor com ponteiros que liberam Douglas da marcação e se transformam em opções de velocidade para os passes e lançamentos do camisa dez.



Fonte: ESPN.com.br