Fernando Horta afirma que até 4ª-feira definirá se será candidato à presidência do Vasco

Sábado, 08/03/2014 - 09:11
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Nunca um desfile das escolas de samba causou tanto reboliço nos bastidores do Vasco. O motivo tem sotaque português, fala curta e direta: Fernando Horta. Presidente da Unidos da Tijuca desde 1997, Horta é grande-benemérito do clube e está cotado para ser candidato à presidência do Vasco. O adversário não é ninguém menos que Eurico Miranda, seu ex-aliado (os dois romperam em 2011).

No momento em que se articula uma frente ampla de oposição à Dinamite e Eurico, que pode conter nomes como Pedro Valente e Jorge Salgado, o título no Carnaval poderia apaziguar até mesmo um eventual duelo pela cabeça da chapa. Quando os envelopes se abriram e as notas foram anunciadas, certamente a comunidade política do Vasco parou para assistir. Após muita expectativa, veio o resultado. A Unidos da Tijuca era a campeã do Carnaval 2014, fato que ecoou até nos mais escuros corredores de São Januário.

Ainda de ressaca pelo título, Fernanda Horta concedeu uma entrevista para o programa ‘Botequim da Globo’, da Rádio Globo. Entre muito samba e projeções, Horta comentou a situação atual da política vascaína.

- Eu estou pensando muito nisso. Já tive uma vontade muito maior, e não é porque eu sou menos vascaíno agora. Hoje eu sou até mais. Mas eu tenho uma série de compromissos particulares. São os grandes vascaínos que querem que eu seja presidente do Vasco. Depois do carnaval, que termina domingo, até a quarta-feira eu vou sentar com os amigos e devo dizer.

Questionado sobre a possibilidade de ser candidato à presidência, apesar dos compromissos pessoais, Horta foi breve e sucinto.

- Não está descartada.

Fernando Horta nunca dissociou o futebol do Carnaval. Em 1998, por exemplo, homenageou o centenário do clube e os 500 anos da viagem de Vasco da Gama à Índia. Com bom humor, o português nativo, da região de Felgueiras, revelou que é constantemente abordado por torcedores, que pedem para que se candidate à presidência do Vasco.

- Eu sou assediado nas ruas mais pelo Vasco da Gama que pela Unidos da Tijuca. Sou muito cobrado, mas muito mesmo. Pedem para salvar o nosso Vasco, na avenida mesmo me arrastam para tirar foto, mas eu já falei. Não sou São Sebastião, que é o salvador do Rio. Infelizmente o Vasco está mal há muito tempo, não é de agora não.

Fonte: Ao Vasco Tudo