Fred Lopes, ex-vice de patrimônio, comenta projeto de reforma de São Januário

Terça-feira, 04/02/2014 - 13:59
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Convidado do programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM, o ex-vice de patrimônio Fred Lopes discorreu sobre alguns assuntos, dentre eles o antigo projeto de reforma do Estádio de São Januário. Fred relata a capacidade que era prevista no projeto do qual fazia parte e ressaltou quefutebol trabalhado e aliado a bons resultados e um bom plano de marketing são essenciais para captação de receitas e o sucesso do que foi planejado, e cita exemplo de clubes como Grêmio, Corinthians e Palmeiras:

“Nós não somos o Grêmio, nem tudo o que é bom vem de lá e nem tudo que é de lá não presta. Somos Vasco, um clube nacional, e com todo o respeito ao Grêmio, é regional, com grande torcida no sul, mas não é nacional. Não consigo acreditar, que um clube da grandeza do Vasco, que tem uma das maiores torcidas do Brasil, consegue ver o Grêmio fazer estádio, o Internacional, o Corinthians, o Palmeiras, o Atlético-PR fazer estádio. Uma coisa é fazer esforço, programar, planejar alguma coisa. Outra coisa é pegar um projeto dessa magnitude e colocar na mão de pessoas despreparadas e que estão pensando em campanha e em aparecer para a mídia. O projeto era para 42.136 pessoas, e era preciso um amplo projeto de marketing por trás disso. O Vasco precisa entender que, para montar uma arena como essa, você tem que ter o futebol muito bem trabalhado, pois o clube, por maior que seja, sem o futebol funcionando não conseguirá gerar receita. Todo clube no Brasil vive de receita de futebol, e se o Vasco não vai bem, se a bola não entra, o torcedor não compra ingresso, não compra material esportivo, o Vasco não consegue poder de barganha no mercado para trazer empresas sérias. Não há nada melhor para o marketing do que estar bem dentro de campo, hoje é muito difícil vender a marca do Vasco, o clube está com maus resultados dentro de campo, com exceção dos 3 últimos jogos, mas precisa melhorar mais. Qualquer projeto, por melhor que seja, tem que estar pautado no ponto de vista financeiro, de marketing e esportivo, no futebol precisa estar bem, senão é tiro no pé.”

No tocante às finanças, Fred afirma o que um clube precisa para aumentar suas receitas:

“Um clube que deve cerca de R$ 400 milhões e ainda não chegou ao patamar R$200 milhões de faturamento e que tem as suas principais receitas sempre algum tipo de antecipação, como reverte um quadro desse em curto espaço de tempo? A não ser que apareça um Neymar, mas tem que tratar bem, pois se tratar como Marlone, sai a preço de banana. O que tem que ser feito? Trabalhar a base, tratar os atletas como ouro, pensar numa estrutura completa para o futebol profissional, com o presidente alinhado ao vice-presidente e ao diretor executivo, e também aos diretores da base. É assim que se planejará o futebol futebol e fazendo como uma empresa séria, com estabelecimento de metas, receitas, índices de avaliação, e não pode ser tratado por amador, mas profissional.”

Fonte: Supervasco