Juninho Pernambucano: 'Sempre passou pela minha cabeça ser treinador'

Segunda-feira, 03/02/2014 - 16:54
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Em um intervalo de poucas semanas, o Rio de Janeiro foi palco da entrevista coletiva de despedida dois grandes jogadores do futebol mundial. Depois da aposentadoria de Clarence Seedorf no Botafogo, Juninho Pernambucano, ex-Vasco, explicou nesta segunda-feira os motivos que o levaram a abandonar a carreira de jogador, ao lado do presidente vascaíno Roberto Dinamite e do diretor de futebol Rodrigo Caetano. O antigo meia havia anunciado a decisão por meio de uma rede social na última quinta-feira.

“Não tenho muito o que falar, só agradecer, é a minha despedida. Resolvi parar porque depois da última lesão eu tinha decidido parar. Me recuperei e fui convencido a fazer a pré-temporada para tentar voltar a jogar pelo Carioca, até pela possibilidade real de uma última conquista. Mas chegou a hora. Se Roberto, Romário e Zico pararam, não teria como esse dia não chegar. Estava difícil ter disposição para vir treinar no sacrifício, e sempre disse que o dia em que eu perdesse a vontade de treinar todos os dias eu pararia”, explicou.

Vasco e Sport - Um dos maiores ídolos cruz-maltinos, Juninho elegeu o Vasco como o clube pelo qual teve maior identificação. Foi o time onde ficou durante a maior parte da carreira. Ao longo de seus 21 anos como jogador de futebol, o ex-meia esteve na equipe em dez temporadas, acumulando 393 jogos e 76 gols. O agora ex-jogador chorou ao lembrar de sua passagem pelo Sport, agradecendo a oportunidade na equipe em que foi revelado ao futebol e dizendo que os torcedores pernambucanos não entenderam sua preferência pelo time carioca.

“Essa volta infelizmente não foi perfeita, por ausência de conquistas. Em praticamente todos os anos da mimnh carreira eu conquistei algo. Mas ficam as lembranças dos troféus conquistados, por aquela geração vitoriosa entre 1997 e 2001, assim como este time e aquele que foi eliminado pelo Corinthians (na Libertadores de 2012). Quero aproveitar para fazer um agradecimento especial ao Sport, onde tudo começou. Foi muito difícil, mas acertei em ter vindo ao Vasco. Eles nunca entenderam minha preferência pelo Vasco. Lamento por isso, mas sou grato por tudo”, comentou.

Treinador? - Sobre seu futuro, Juninho não tem dúvidas. Mesmo com as chuteiras penduradas, o ex-jogador pretende continuar sua carreira profissional no futebol, seja como técnico, seja como comentarista.

“Eu não me vejo de fora do futebol. Quero curtir férias prolongadas, mas vou voltar ao futebol. Sempre passou pela minha cabeça ser treinador. Quero um projeto interessante. Fui convidado para ser comentarista durante a Copa do Mundo, mas ainda não há nada decidido. É uma oportunidade de ver a Copa de perto”, disse Juninho.

Fonte: Gazeta Esportiva