VP de relações especializadas João Ernesto e ex-atacante Silva falam sobre a quase contratação de Eusébio em 1970

Quinta-feira, 09/01/2014 - 12:41
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O vice-presidente de relações especializadas do Vasco, João Ernesto Ferreira, e o ex-atacante vascaíno Silva, o "Batuta", falaram ao Sportv sobre a quase contratação do atacante português Eusébio pelo Vasco em 1970. Eusébio, considerado o maior jogador da história de Portugal, faleceu no último domingo (05/01) aos 71 anos. O Vasco o homenageou decretando 3 dias de luto.

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Fonte: NETVASCO


Ídolo português Eusébio quase vestiu a camisa do Vasco. Confira detalhes

Se a relação do Vasco com Portugal já é estreita, poderia ser ainda maior caso um desejo do clube tivesse se concretizado no início da década de 70. Maior jogador da história do futebol luso, o craque Eusébio - falecido na madrugada do último domingo - quase passou por São Januário, como relembra o “SporTV News”. O ídolo português viria para a equipe carioca por empréstimo, mas não houve acerto financeiro (assista à reportagem coom detalhes).

Em 1970, o Benfica não atravessava um bom momento e a seleção de Portugal não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo do México. Muitos torcedores apontavam um declínio no rendimento de Eusébio, o que alimentou as esperanças vascaínas de contar com o jogador.

- O Vasco, por ser um clube que tem estreitas e fortes relações com a colônia portuguesa, intimamente ligado à colônia portuguesa, com a vinda de um jogador português, o maior jogador português, seria algo extremamente motivador para a torcida - afirma João Ernesto da Costa Ferreira, vice de Relações Especializadas do Vasco.

O presidente do Vasco na época, Agatyrno da Silva Gomes, chegou a viajar a Lisboa, onde se reuniu com diretores do Benfica. Eusébio deu até entrevistas e disse que, se fosse um bom negócio para ele e para o clube, toparia sim jogar no Brasil. Mas a oferta do Cruzmaltino ficou abaixo da que os portugueses esperavam, e o dirigente vascaíno retornou a São Januário sem o craque.

Por um empréstimo de seis meses, o Benfica pediu quatro milhões de escudos, a antiga moeda portuguesa, o que equivaleria hoje a algo em torno de R$ 225 mil, sem correção monetária. Mas o Vasco só podia pagar cerca de três milhões de escudos (cerca de R$ 170 mil), e ainda tinha luvas, salários e premiações. Sem acerto com o ídolo português, o Vasco apostou no atacante Silva, o Batuta, que comandou a equipe campeã carioca de 70, título que não era conquistado pelo clube havia 12 anos, e que fez a torcida esquecer um pouco a decepção por não ter contratado Eusébio.

- O Eusébio era um grande jogador de futebol realmente. Nós que jogávamos futebol também, sempre tendo um grande jogador, ainda mais estrangeiro, no seu país, era um motivo de alegria para todos nós - afirma Silva, que acredita que uma dupla formada com Eusébio teria feito grande sucesso no Vasco.

- Acredito. Porque eu sabia jogar e ele também sabia. Então, não tinha por que não dar certo.

João Ernesto aproveita para olhar a possível vinda por outra ótica. Como o empréstimo seria de apenas seis meses, ele acredita que a pouca permanência no clube carioca poderia deixar uma “tristeza” entre os torcedores.

- Talvez se ele viesse e tivesse realmente dado muito certo, poderia ter gerado uma outra tristeza, a expectativa de não poder ficar com o Eusébio para sempre.

Na última segunda-feira, a diretoria do Vasco decidiu reverenciar Eusébio e decretou três dias de luto. Enquanto isso, os líderes dos principais partidos políticos de Portugal aprovaram nesta quarta-feira, no Parlamento, a trasladação do corpo do ídolo para o Panteão Nacional. Isso só deve acontecer no ano que vem. Dessa forma, o ex-atacante vai ficar oficialmente reconhecido como um dos mais importantes portugueses de toda a história do país.

Fonte: GloboEsporte.com