Dirigente faz balanço das categorias de base do Vasco em 2013

Quarta-feira, 01/01/2014 - 13:25
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Considerado o ano da base vascaína, 2013 está chegando ao fim. O Vasco da Gama conquistou ao longo da temporada que se encerra dentro de algumas horas sete títulos. Foi o melhor desempenho do futebol amador cruzmaltino em termos de títulos desde 2001. Gerente de área técnica das divisões inferiores, Mário Reigota conversou com a reportagem do programa "Só dá Base" na última semana e fez um balanço do rendimento das cinco categorias:

Categorias Pré-Mirim e Mirim: Conquistou a Copa Light Sub-11 e a Espírito Santo Cup Sub-13.

"Foi uma temporada extremamente positiva para as duas categorias. Nós não buscamos apenas títulos. Buscamos formar o jogador e preparar o jogador. Queremos que ele suba para a categoria de cima e possa dar segmento ao trabalho. Nós ficamos na segunda colocação nos dois estaduais da categoria mirim, mas quem viu o jogo sabe que o Flamengo não teve facilidade. Nós enfrentamos uma equipe de muita qualidade. O time 2000 do Flamengo é muito forte. Sabendo disso, a gente traçou um planejamento de jogo para conquistar o título e por pouco a gente não conseguiu. A gente conseguiu anular o Flamengo no jogo de Itaguaí e fomos para a Gávea com a proposta de segurar o empate para levar a decisão para os pênaltis. Tínhamos certeza que o nosso goleiro garantiria o título para nós. Infelizmente o juiz tomou uma decisão errada e deu cartão vermelho para um jogador que naquele momento era muito importante. Ele fazia uma marcação individual no jogador mais agudo do Flamengo e a saída dele nos prejudicou nos dez minutos finais. Eu tenho certeza absoluta que a gente venceria o Flamengo nos pênaltis. Fizemos uma escolha nessa decisão do 2000. Nós poderíamos ter colocado o Lucão e o Roger para jogar no 2001, mas nós preferimos colocá-los para jogar no time 2000. Com esses dois jogadores em campo, a gente teria vencido o Flamengo no 2001. Eu acho que não tem muita dúvida sobre isso. Foi extremamente positiva a temporada do 2001. O Flamengo tinha mais força física. Apesar do nosso time ser muito técnico, ele tinha deficiência de força. Isso acabou traduzindo o resultado final da competição. Isso não quer dizer que daqui a dois três anos esses jogadores não venham dar um resultado melhor para o clube. Se a gente quisesse resultado imediato, a gente teria feito outras escolhas. A gente teria optado por jogadores com uma força maior. Quando falamos das gerações 2000 e 2001, estamos falando de um trabalho para o futuro. Faz parte do aprendizado e do crescimento do atleta participar de finais, isso é uma coisa e ninguém pode negar, mas ganhar títulos não é obsessão no Vasco. O objetivo do Vasco é o de captar jogadores e qualificar os grupos".

Categoria Infantil: Conquistou a Taça Guanabara, a Copa da Amizade Brasil-Japão, o Torneio Guilherme Embry e o Campeonato Carioca.

"O Infantil teve uma temporada histórica no clube. A gente venceu praticamente tudo que disputou. Só não tivemos êxito na Copa Votorantim, até porque estávamos no início do trabalho. É bom que fique claro que nós saímos de lá invictos. Conquistamos praticamente tudo. Só não ganhamos a Taça Rio devido a um descuido do nosso departamento técnico. Perdemos seis pontos e por esse motivo nós não conquistamos diretamente o Campeonato Carioca. Por um motivo extracampo nós não fomos campeões da Taça Rio, até porque a gente estava com seis pontos na frente do Flamengo. Não tem muito o que falar. Foi um ano perfeito. O treinador executou um excelente trabalho, assim como o auxiliar e toda a comissão técnica, que esteve afinada. O que aconteceu é fruto de um planejamento. A gente planejou tudo isso. Essa ida para a Itália foi programada para amadurecer esses jogadores, tornar o grupo ainda mais unido e deixar o grupo mais próximo do treinador. Essa experiência serviu também para que eles pudessem observar outras formas de jogar. Foi tudo dentro daquilo que a gente planejou. Nem sempre acontece da forma que a gente planeja, mas nesse ano no infantil foi assim. Foi um ano histórico. Foi uma temporada que merece ser festejada por todos nós".

Categoria Juvenil: Não conquistou títulos na temporada. Vale destacar a terceira colocação obtida na Copa Rio e o vice-campeonato alcançado na Taça Guanabara.

"Eu não tenho nenhum tipo de decepção com essa categoria. Nós fizemos a final da Taça Guanabara e perdemos aquele jogo devido a uma interferência direta do árbitro. O Fluminense fez um gol nos acréscimos numa bola que era nossa e que a gente jogou para fora para atendimento de um jogador. O Fluminense não devolveu. Se vai para os pênaltis, tudo poderia acontecer, inclusive a gente ter sido campeão. A divisória entre uma coisa e outra é muito pequena. Não tenho nenhum tipo de decepção com a categoria juvenil. Foram coisas que aconteceram. O juvenil cumpriu sua missão, pois atendeu o juniores no momento que a categoria precisou. É bom lembrar que o juvenil perdeu jogadores importantes. O Índio, o Danilo e o Lorran estiveram na Seleção. O Lucas Barboza foi para o Juniores. Todo trabalho que foi feito e todos os resultados que a gente conquistou no primeiro semestre fizeram com que esses jogadores fossem promovidos e deixassem lacunas no juvenil. Isso é normal. Cabe a gente correr atrás de jogadores para cobrir essas lacunas. Não que tenha sido um erro, até porque nós trabalhamos bem e promovemos vários jogadores. A gente poderia estar falando que o juvenil conquistou um título. Infelizmente, devido a interferência de um árbitro, não tivemos a possibilidade de conquistar o título. As necessidades da Seleção Brasileira, do juniores e do profissional prejudicaram o desenvolvimento dessa categoria em 2013. A gente trabalha para isso mesmo. A gente trabalha para queimar etapas, ou seja, para ter jogadores no juvenil com condições de servir ao time de juniores no momento que ele precisar, no momento da promoção de algum jogador para o profissional".

Categoria Juniores: Conquistou a Taça Belo Horizonte.

"Foi uma temporada excelente. A gente tem que recordar que o Vasco conquistou um título a nível nacional que não conquistava desde 1992. A gente teve algumas dificuldades ao longo do ano. O Mundial Sub-17 nos tirou o Índio e o Danilo por um longo período. O Jhon Cley, o Thalles e o Henrique, além de outros, subiram para o profissional. A gente uma mudança muito grande depois da Taça Belo Horizonte. Esse é um processo normal. Nós fomos para o Sul sem meias. Tivemos que trazer o Bruno Cosendey do juvenil. Já estava lá o Renato Kayzer, o Lucas Barboza e o próprio Lorran. Apesar da gente ter sido eliminado na primeira fase, a final do Campeonato Brasileiro Sub-20 foi entre dois clubes da nossa chave. Se a gente for fazer uma análise fria, vamos perceber que fomos eliminados na primeira fase para o campeão e o vice do torneio. A gente tem que ter muita calma e muita frieza. Estamos analisando com muita calma tudo que vem acontecendo. Estamos trabalhando agora para chegar forte na Copa São Paulo, mas sabemos que alguns jogadores farão falta. Você não substitui o Thalles e o Jhon Cley da noite para o dia. O trabalho segue. Estamos tentando nos reestruturar mediante essa imensa modificação que aconteceu para que a gente consiga obter um bom resultado na Copa São Paulo. Nós temos jogadores qualificados e acreditamos num bom resultado".

Com informações do Programa "Só dá Base/Só dá Vasco".

Fonte: Blog Meninos da Colina - Supervasco