Folha salarial do Vasco deve ter redução de R$ 1,5 milhão com queda para a Série B

Segunda-feira, 09/12/2013 - 18:14
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Antes mesmo de se confirmar a queda para a Segunda Divisão, dentro do Vasco já se sabia que 2014 seria um ano novamente apertado e com nova rodada de negociações para cortes de despesas no departamento de futebol. Em 2013, a saída de jogadores com alto salário, como Carlos Alberto, Felipe e Eder Luis - só para ficar em alguns exemplos -, já provocou sensível diferença na folha do futebol, que hoje bate na casa dos R$ 4,5 milhões. Mesmo se permanecesse na Série A, os vencimentos totais dos atletas deveriam cair para R$ 4 milhões. Agora, na Série B, o corte previsto pelo Vasco é de, pelo menos, R$ 1,5 milhão na folha salarial do elenco.

Algumas saídas são certas, como a de Tenorio. O atacante equatoriano de 35 anos tem um dos maiores salários do elenco (cerca de R$ 180 mil), jogou apenas 48 vezes em dois anos de contrato com o Vasco e fez 14 gols. Além disso, o clube responde na Fifa a uma cobrança dos donos dos direitos econômicos do jogador de uma dívida de R$ 1,2 milhão. Outros atletas com contratos mais longos e com vencimentos também altos, como o meia Wendel (até meio de 2015) e o lateral-direito Nei (vínculo até fim de janeiro de 2016), estão na lista de jogadores que podem acertar uma rescisão de contrato amigável para deixarem o clube.

O corte também deve acontecer na gestão executiva do Vasco. O diretor geral Cristiano Koehler, que pode se despedir de São Januário nos próximos dias, relativizou a questão, mas admitiu que os contratos deles devem ser, pelo menos, reavaliados.

- Na Série B, obrigatoriamente o Vasco vai entrar em outra fase. Não digo que haverá cortes, e sim mais austeridade com despesas, não só as relativas às dos jogadores, mas também dos executivos – disse Koehler.

Com redução gradual de despesas na folha do futebol durante 2013, o clube acabou atropelando o orçamento programado ao contratar atletas mais caros no segundo semestre. Mesmo com salário menor do que recebiam nos seus ex-clubes, Cris, de 36 anos, e Guiñazu, de 35, são dois desses exemplos. O zagueiro pode até continuar no clube, mas deve receber proposta de redução salarial, enquanto o cabeça de área tem permanência incerta em São Januário. Ele tem contrato com o Vasco até o meio de 2015.

Entre as permanências mais prováveis estão as de Edmilson e do técnico Adilson Batista. A diretoria também deseja negociar com o Cruzeiro a contratação em definitivo de Pedro Ken. Nesta terça-feira, em reunião geral da diretoria do Vasco, o clube revê o planejamento para 2014, com nomes mais modestos e orçamento reduzido. William Barbio e Fellipe Bastos retornam ao clube, mas ainda podem ser envolvidos em novas negociações.

Fonte: GloboEsporte.com