Advogado diz que vai usar exemplos de outros jogadores para absolver Juninho

Quinta-feira, 07/11/2013 - 11:36
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O departamento jurídico do Vasco vai pedir a absolvição de Juninho no julgamento desta quinta-feira no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A punição aconteceu após empate de 1 a 1 entre Vasco e Flamengo, no dia 8 de outubro, em Brasília. Juninho foi suspenso por duas partidas por causa de uma falta cometida em Paulinho e por conta de gesto considerado ofensivo - o clube conseguiu efeito suspensivo parcial e o camisa 8 só cumpriu uma partida até o julgamento. Juninho não vai comparecer ao Tribunal. O advogado do Vasco Tiago Amaro vai defender o meia de 38 anos lembrando a conduta de Juninho dentro e fora de campo em quase 20 anos de carreira. E vai lembrar que o gesto, considerado ofensivo pelo Tribunal e que motivou a um jogo de suspensão, não passa de um símbolo de uma torcida organizada.

Com imagens de outros jogadores que já fizeram o mesmo gesto, símbolo de outras facções de clubes espalhados pelo Brasil (um deles é uma organizada do Palmeiras), o advogado vascaíno vai reforçar que não houve intenção de ofender ao público presente no estádio Mané Garrincha.

- Juninho é de um perfil que não precisamos nem apresentar. Um atleta exemplar, de conduta limpa em toda a carreira, que não foi expulso uma vez nessa nova passagem pelo Vasco. A falta que ele fez na partida foi de jogo. O atleta do Flamengo sequer recebeu atendimento médico. E gesto foi para exaltar a sua torcida. Mas o gesto tem o dedo médio para cima, é um símbolo. Se fosse outro sinal, nem estaríamos discutindo isso - diz o advogado do clube.

O Vasco vai levar provas que envolvem vídeos, imagens e fotografias de jogadores de outros clubes que já fizeram esse gesto e não foram punidos pelo Tribunal. Além disso, a falta, que gerou cartão amarelo na partida, também será motivo de defesa do clube.

- Vamos fazer comparativos com outros atletas que receberam cartões e não foram suspensos depois - lembra Amaro.

Juninho foi julgado com base em dois artigos. O 254, da falta em Paulinho, diz respeito a jogada violenta, e o 258-A, por provocar o público. O jogador ficou fora da partida contra a Ponte Preta (derrota por 2 a 1), mas atuou, com liminar, diante do Coritiba (2 a 1 Vasco).

Nessa quarta, o jogador comentou o julgamento que, segundo ele, nem sabia que ocorreria nesta quinta. Ele se defendeu e disse que se arrependia pelo ato na partida.

- Não fiz um gesto para o estádio inteiro. Estavam me xingando muito ali. Foi uma mensagem para dizer que minha torcida é outra. Nem imaginava que todo mundo fosse ver. Não sei se me arrependo completamente ou parcialmente - disse o jogador do Vasco.

Fonte: GloboEsporte.com