Diretoria fez reuniões emergenciais após juíza não ter homologado acordo do clube com a Fazenda

Quarta-feira, 04/09/2013 - 19:04

A diretoria do Vasco usou a quarta-feira para promover reuniões emergenciais e buscar a solução para uma derrota sofrida nos bastidores que teve impacto direto nas finanças. A juíza Fabíola Utzig Haselof, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decidiu não homologar o acordo entre Cruzmaltino e Fazenda Nacional pelo parcelamento em cinco anos da dívida superior a R$ 100 milhões.

Com isso, a administração Roberto Dinamite não pode ter acesso às certidões negativas de débitos - documento que comprova a renegociação junto ao Governo Federal de dívidas com a União - e está impedido de assinar o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 15 milhões.O departamento jurídico vascaíno planeja entrar com recurso e reverter o posicionamento, já que a homologação era considerada certa depois que o acordo com a Fazenda Nacional foi publicado em Diário Oficial.

A juíza questionou o oferecimento de imóveis (sede naútica e estádio de São Januário) e contratos do Vasco como garantia de cumprimento do acordo, já que algumas possibilidades estão penhoradas em outras execuções fiscais. "Estamos reunidos e não existe um novo posicionamento. Vamos esperar para falar no momento certo", explicou o diretor geral do Cruzmaltino, Cristiano Koehler.

A dívida total do Vasco com a Fazenda Nacional é de mais de R$ 170 milhões. No entanto, o acordo foi feito primeiramente para viabilizar o pagamento do passivo ativo - valor originário do débito - de pouco mais de R$ 52 milhões quando as partes começaram a negociar. Com o passar dos meses, o montante subiu para R$ 103 milhões em correção promovida pela tabela da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e juros correspondentes.

O clube pretende dar de entrada mais de R$ 20 milhões que estão penhorados. No acordo, o Vasco deve pagar até o final do ano pelo menos seis parcelas de cerca de R$ 500 mil. Em 2014 e 2015, serão 24 prestações de pouco mais de R$ 1 milhão, enquanto em 2016 e 2017 as parcelas estão fixadas em R$ 1,2 milhão. O valor aumenta ainda mais em 2018.

Fonte: UOL