Outro corintiano que esteve preso na Bolívia participou da briga em Brasília

Quarta-feira, 28/08/2013 - 10:34

Leandro Silva de Oliveira, o Soldado, não era o único corintiano preso em Oruro, suspeito pela morte do jovem Kevin Espada, que também esteve envolvido na briga entre torcedores de Corinthians e Vasco, no último domingo, no Estádio Mané Garrincha em Brasília. Em novas imagens do jornal ‘O Estado de S.Paulo', Cleuter Barreto Barros foi outro identificado na confusão.

Ao contrário do caso de Leandro, porém, as fotos de Brasília e Oruro tiveram que passar por membros da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística (ABPC) para que fosse comprovado que se tratava da mesma pessoa.

"Considerando as convergências encontradas nos exames quanto às características de divergências classificadas como incompatíveis, conclui-se que as imagens padrão referentes a Cleuter correspondem à mesma pessoa que aparece nas imagens da briga vestindo agasalho de cor cinza", concluiu a análise.

Em filmagens e fotos feitas pelo jornal, Cleuter aparece, assim como Leandro, correndo dos jatos de spray de pimenta e em confronto com policiais militares. O torcedor é conhecido na Gaviões como "Manaus", em virtude de sua cidade de origem. Ele comanda a subsede da organizada no Amazonas.

Cleuter, ao lado de Leandro, faz parte do grupo de cinco torcedores que deixaram a prisão na Bolívia no dia 2 de agosto. Um mês antes, os outros sete corintianos detidos já haviam sido liberados, todos por faltas de provas de envolvimento no disparo que vitimou o torcedor do San Jose.

Ainda segundo ‘O Estado de S.Paulo', Hugo Nonato, tesoureiro de outra torcida organizada do Corinthians, a Pavilhão 9, e também preso na Bolívia, esteve no Mané Garrincha. Ele, porém, não foi identificado na briga generalizada nas arquibancadas.

Na segunda-feira, após a identificação dos torcedores na briga, a Federação Paulista de Futebol proibiu a entrada de Leandro e Raimundo César Faustino, o Capá, que é vereador de Francisco Morato, nos estádios.

O Ministério Público Estadual voltou a mencionar a extinção da Gaviões como uma possibilidade, mas o promotor Roberto Senise julga mais interessante o auxílio da uniformizada nas investigações. A torcida, que repudia castigos genéricos e pede punições individuais, colocou-se oficialmente à disposição.

Por conta da repercussão da briga no Estádio Mané Garrincha, o Corinthians também se pronunciou por meio de seu site. Mais uma vez, o clube disse que "não paga, dá ou subsidia ingresso e/ou viagem de qualquer torcedor a jogos do time" e se colocou "totalmente a favor da apuração dos fatos e da punição exemplar de todos os responsáveis pelo ocorrido".

Fonte: ESPN.com.br