Conheça algumas passagens curiosas da História do Vasco

Sexta-feira, 16/08/2013 - 13:35

Em 17 deste setembro de 2011, o Vasco atingiu a ponta do Campeonato Brasileiro, goleando o Grêmio-RS, por 4 x 0. Coincidentemente, da última vez que o time da Colina tornou-se líder da disputa – 6 de junho de 2007 –, foi contra o mesmo adversário, pelo mesmo placar, igual, também, no primeiro tempo (2 x 0), e nos mesmos dia (sábado), horário (após as 18h) e estádio (São Januário). Celso Roth, que era o técnico vascaíno, há quatro anos, desta vez, era gremista.

Torcedores da década-1960, costumavam contar que Mário Vianna havia levado o volante Maranhão, para o Flamengo, e o Vasco o “roubara” da Gávea. Não foi bem assim. Ao ver o baixinho atuando pela seleção maranhense, o ex-árbitro o indicou aos rubro-negros. Então, um amigo da família do atleta, Joaquim Pereira, arrumou uma passagem, com a Força Aérea Brasileira, mandou buscá-lo e o levou para São Januário, o entregando a Hílton Santos. Isso foi pelo final de 1958. Maranhão era tão mirrado, que o cara achou que ele fosse infanto-juvenil. Mas, logo, subiu ao time juvenil. Em 1961, já profissional, tornou-se titular a partir do returno do Campeonato Carioca-1962. Foi bicampeão de aspirantes e da Taça Guanabara de 1965. CHEGOU AO VASCO, achando que estivesse no Flamengo. Errou o clube e acertou no destino.

O atacante Valdemar, supercampeão carioca, em 1958, quando estava no Olaria, não se confirmava em ter sido colocado à margem, em São Januário, com a chegada de Lorico. Este fora revelado pelo amador Esporte Clube Senador Feijó, de Santos-SP, que o Vasco buscara na Portuguesa Santista, que o profissionalizara, em 1949, abrindo-lhe as portas da Seleção Paulista de Novos. Estreou contra o Real Madrid, que era considerado o melhor time do mundo. Além de Valdemar, dois outros campeões que saíram da Colina aborrecidos com os cartolas foram Sabará e Bellini.

O FUTEBOL TEM DISSO. O ídolo tricolor Telê Santana, também, deixou o Fluminense nessa situação. Depois de passar pelo Guarani de Campinas e o Madureira, e encerrar a carreira, resolveu voltar a jogar, pelo Vasco.

Niginho era um dos quatro Fantoni revelados pelo futebol mineiro – os irmãos Ninão e Orlando, também centroavantes, e o primo-irmão Nininho, lateral-esquerdo, eram os outros. Os quatro começaram no Palestra (atual Cruzeiro) e passaram uma fase na Itália, onde foram chamados de Fantoni I (Nininho), Fantoni II (Ninão), Fantoni III (Niginho) e Fantoni IV (Orlando). Fizeram sucesso nas décadas de 1920 e 1930, pelo Lazio. Orlando, também, teve passagens pelo Vasco, tanto como jogador quanto como técnico. Niginho foi expulso da Itália, por se recusar a participar da guerra contra a Abissínia, em 1936. Voltou ao Brasil, foi contratado pelo Vasco e artilheiro do campeonato carioca de 1937. Na reserva de Leônidas da Silva, foi para a Copa do Mundo de 1938, na França. Para a semifinal, contra a Itália, Leônidas não podia jogar . A Itália, de Benito Mussolini, vetou a escalação de Niginho. A FIFA acatou a ordem do “Duce” e tirou do vascaíno a chance de participar do Mundial.

Fonte: Kike da Bola