Recuperando-se de lesões, Rodolfo só deve estar liberado em outubro e Bernardo em novembro

Segunda-feira, 12/08/2013 - 14:54

Integrantes da sala do departamento médico de São Januário há mais tempo, Rodolfo e Bernardo seguem na luta para vencer a operação no ligamento cruzado do joelho. Com as companhias recentes de Guiñazu e Sandro Silva, que também sofreram lesões sérias, ambos ainda têm esperanças de jogar em 2013. O caso do zagueiro, de março, está mais adiantado, porém vê reduzida a esperança de que sua volta pudesse ocorrer antes do prazo. O prognóstico do Vasco é de evolução satisfatória, ainda que bastante cautelosa por conta de uma tendinite no quadríceps decorrente da perda de massa muscular.

Com a iminente contratação de Cris para o setor, o técnico Dorival Júnior ganha uma opção importante, mas só deve contar com Rodolfo em outubro. No início do tratamento, os elogios indicavam até a provável antecipação para cinco meses. Ele chegou a ir a campo fazer fisioterapia e trotar. Houve, no entanto, uma regressão de cerca de 15 dias devido ao inchaço na região após as tentativas de aumentar a carga de exercícios, que gerou o quadro atual. Nada que fuja do normal neste tipo de recuperação, garante a fisioterapeuta do Vasco.

- O estágio é o normal do tempo de operação, que no caso dele é de quatro meses e meio. Está de acordo com a expectativa para retornar, que é de seis a oito meses. É muito arriscado dizer se volta antes ou não, quem define é o dia a dia. Ainda não temos previsão de liberar o Rodolfo para a preparação física - explicou Vanessa Knust, que se habituou a levá-lo ao gramado fora do horário dos treinos.

É o terceiro problema importante do zagueiro em menos de dois anos. Em 2011, pelo Grêmio, fraturou o tornozelo e, na temporada passada, passou quatro meses afastado por lesão no outro joelho. Assim, para readquirir confiança e ritmo de jogo, o caminho deve ser ainda mais complicado. Seu contrato acaba em julho de 2014.

Em entrevista em maio, Rodolfo mostrou preocupação em não ficar lembrado como um jogador que só se machuca.

- Não quero ser lembrado como o cara que passou pelo Vasco e só se contundiu. Recebo meu salário e não posso fazer nada. Isso me magoa profundamente. Das coisas ruins, tiro coisas boas. Vou dar muita alegria ainda - garantiu, acrescentando que sua ânsia para melhorar até já o prejudicou por forçar exageradamente alguns movimentos.

A evolução de Bernardo é semelhante, embora esteja em uma etapa menos avançada, já que sua cirurgia aconteceu quase um mês e meio depois. Até o fim da semana, o meia fará testes isocinéticos para conferir a resposta muscular ao tratamento. Ele ainda precisa equilibrar as forças da perna esquerda (operada) com a direita para ter contato leve com a bola nas atividades de recuperação. Por enquanto, só musculação e fortalecimento.

- A diferença entre as pernas estava muito grande, diferentemente do Rodolfo. Primeiro precisamos recuperar isso para pensar em colocá-lo no campo com a fisioterapia - esclareceu o médico Claudio de Luca.

Assim, a meta é colocá-lo à disposição do treinador no começo de novembro. A partir daí, seu nível de aproveitamento nos treinos será o termômetro para definir se será encaixado.

Ambos os jogadores ganharam peso, mas não preocupam o departamento médico, já que ainda estão na fase inicial de recondicionamento. Bernardo também tem se mostrado empolgado no dia a dia, segundo a equipe.

O camisa 31 foi protagonista de um incidente policial logo pouco após a cirurgia e causou dúvida sobre como seriam seus meses seguintes. Na ocasião, teria sido visto com a namorada do Menor P, chefe do tráfico no Complexo do Alemão, e, ao ser descoberto, foi agredido e mantido em cativeiro, de acordo com investigação policial. Como não houve queixa nem provas, o caso foi arquivado.

Em recuperação, Bernardo postou foto com Juninho em rede social após a volta do meia



Guiñazu faz nova ressonância segunda-feira

Já com a gradativa redução do edema no estiramento de grau 3 (rompimento parcial do músculo) que sofreu na coxa esquerda, Guiñazu passará por nova ressonância magnética nesta segunda-feira para confirmar a que tipo de tratamento será submetido. Caso o quadro clínico seja o esperado, a recuperação, mais simples, deve durar entre dois e três meses. Do contrário, o argentino passará por cirurgia e seguramente não joga mais neste ano. Ele se machucou na estreia, contra o Botafogo, e tem andado por São Januário ainda mancando. O resultado sai provavelmente até a noite de terça.

No geral, porém, são poucas as lesões em 2013. O departamento médico registra o número relativamente pequeno em comparação a 2012, quando, em dado momento, havia até nove jogadores no estaleiro - entre os quais Dedé, Felipe e Tenorio, que não sofre mais com problemas físicos após longo período de calvário. O equatoriano passou o posto para Leonardo, que praticamente não jogou desde janeiro e mais uma vez está fora de ação, com uma edema na coxa. A previsão é a de que ele volte aos treinos em alguns dias.

Além destes, apenas Luan, Renato Silva e Yotún ficaram fora por mais de uma partida por lesão em oito meses, mesmo com três treinadores e quatro preparadores físicos diferentes. O fisiologista Daniel Gonçalves não vê uma explicação e credita às mudanças na medicina.

- Depende da metodologia de trabalho de cada comissão e da individualidade de cada jogador. Não tem uma explicação, mas a cada momento surgem coisas novas em tecnologia para a medicina e procuramos nos atualizar para minimizar esses casos - ressaltou.

Fonte: GloboEsporte.com