Juninho: 'O Vasco tem condição de jogar de igual para igual com qualquer um'

Sexta-feira, 26/07/2013 - 13:28

Aos 38 anos, Juninho está consciente de que pode estar desfrutando do seu último semestre como jogador de futebol. A volta ao Vasco, o carinho que recebe da torcida e o prazer que ainda sente por jogar são valorizados e vistos com outros olhos. O momento é de aproveitar cada dia ao máximo e tentar ajudar dentro e fora de campo para o time alcançar algum objetivo importante até o fim de 2013. Se depender do que observou nas duas semanas em que está em São Januário nesta terceira passagem pelo clube, as perspectivas são boas. Ele vê um grupo com capacidade para amadurecer e dar alegrias aos torcedores vascaínos.

Sem fazer promessas, mas sem evitar qualquer assunto, o craque trata logo de pôr as coisas nos devidos lugares. Quando lhe perguntam se o time cresceu de rendimento graças ao seu futebol, troca o individual pelo coletivo, e dá uma ideia precisa dos novos rumos que o futebol do Vasco está tomando.

— Eu tenho consciência de que marquei um gol na minha reestreia contra o Fluminense logo no início do jogo que aumentou a minha confiança. Depois dei um passe para outro gol. Mas o Vasco tinha 11 em campo contra 10 do adversário, com a expulsão do Fred. Isto facilitou o nosso trabalho, sem falar que todo o time jogou bem. Na verdade prefiro atribuir a minha importância ao fato de tirar um pouco da pressão sobre os mais novos e assumir a liderança que cabe aos mais experientes — explicou Juninho Pernambucano.

Um dos segredos para a sua rápida readaptação é o cuidado que tem com a sua saúde. Ele valoriza ao extremo o profissionalismo. Para se ter uma ideia, faz dez anos que tomou seu último refrigerante. Além da nutricionista e do preparador físico dos clubes onde trabalha, ele tem os seus particulares. Assim, está sempre atento para que seu físico possa dar resposta adequada às exigências da profissão. Fato que é encarado com naturalidade pelo jogador.

— Não sou de extremos. Faço um tratamento hortomolecular e me cuido. Mas, quando estou de folga e posso tomar menos cuidados, eu me divirto tranquilamente. Não sou santo — disse.

Concentração total

Com toda a experiência e títulos que carrega na bagagem, o jogador vê o time do Vasco em ascensão. Mas prega os pés no chão e a necessidade da concentração total contra qualquer adversário que o time enfrente.

— Eu percebo que o Vasco tem condição de jogar de igual para igual com qualquer um. Quando todos os reforços estiverem em ação e o grupo completo, com alguns jogadores revelados nas divisões de base, vamos estar bem fortes. Mas é preciso concentração total. O jogo contra o Criciúma é importante e conto com o apoio da torcida. Quando o time e os torcedores se abraçam, o time costuma conquistar boas coisas — lembrou Juninho.

Fonte: O Globo online