Coordenador da base explica como funciona o 'acordo de cavalheiros' entre os clubes, que impede assédio a jovens

Domingo, 09/06/2013 - 12:27

A boa relação entre alguns clubes grandes do futebol brasileiro tem sido arranhada por conta de alguns acontecimentos nas categorias de base. O principal principal problema vem sendo o assédio em cima de jogadores que ainda não chegaram a atuar no time profissional.

Em 2012 os principais times do país se reuniram na CBF para discutir formas e estabelecer regras para a contratação de atletas que ainda integram as categorias juvenil e juniores. Os encontros surtiram efeito e apesar de não terem assinado nenhum tipo de documento, as grandes equipes fizeram um acordo de cavalheiros que impede a contratação de jogadores que não sejam liberados por seus respectivos clubes.

O Vasco da Gama, que sofreu recentemente com as saídas de Foguete e Thiago Mosquito, vinha liderando o movimento de boicote aos clubes que não cumprissem esse acordo. Além de cobrar a exclusão dessas equipes dos principais torneios do país, o Gigante da Colina vem fazendo sua parte e contratando jogadores da maneira combinada:

- Nós sempre consultamos o clube antes de contratar. O Flamengo mandou um jogador embora outro dia e esse jogador veio fazer um teste aqui no CT sem liberação. Nós não aceitamos. Comunicamos primeiro ao Flamengo para saber se era verdade que o garoto estava liberado e só depois nós colocamos o atleta para realizar treinamento. Aqui funciona dessa forma - comunicou Almir Santos, coordenador da área de captação das categorias de base, afirmou ao programa "Só dá Base".

Um dos responsáveis pela avaliação e aprovação de novos jogadores é André Portella, preparador físico do Juniores. Filho o ídolo vascaíno Alcir Portella, o profissional deu mais detalhes sobre o procedimento que é feito no momento da aquisição de um novo atleta:

- Todo atleta que chega para fazer experiência fará exames médicos e passará por uma bateria de testes. Ele tem que ter toda a documentação ok, ou seja, tem que estar liberado pelo clube anterior. Ele chega aqui para a gente com tudo pronto. Os atletas que chegam contratados, que já foram aprovados através da avaliação de nossos observadores, eles já chegam com todas as informações. Eu sempre peço para trazer um relatório da parte física do atleta, até mesmo para saber se ele toma medicamento ou se teve algum tipo de lesão. Dependendo do nível que chega, ele dará início ao trabalho - afirmou ao programa "Só dá Base".

Ainda não se sabe como o Vasco irá se posicionar a partir de agora em relação aos outros clubes que quebrarem o acordo de cavalheiros. Isso porque o cruzmaltino anunciou na última sexta-feira (07/06) a saída de René Simões, que vinha liderando o movimento de boicote aos times infratores.

Com informações do Programa "Só dá Base/Só Dá Vasco".

Fonte: Blog Meninos da Colina - Supervasco