Conheça Cartola, Aida de Almeida, Ramalho e Dulce Rosalina, torcedores-símbolo do Vasco

Terça-feira, 30/04/2013 - 13:04

TORCEDORES SÍMBOLOS 1940: CARTOLA

Depois de Polar na década de 1940 foi a vez de João Ferreira da Silva, o Cartola, “o homem que ri e acorda com o Vasco na boca...”, um pobre alagoano indicado para a Marinha pelo embaixador e ministro Oswaldo Aranha, fuzileiro naval que viajara por trinta e três países do mundo.


TORCEDORES SÍMBOLOS 1950: AIDA DE ALMEIDA

Não podemos esquecer também de Aida de Almeida, hoje conhecida como “Tia Aída”, fundadora da TOV, que possui inclusive a carteirinha número 1 da Torcida. Filha do sócio fundador Antônio de Almeida. Botou a perder até um casamento com um milionário que se cansou de esperá-lá voltar dos jogos. Ela é dessas que não levam desaforo para casa. Num Vasco X Fluminense, o tempo fechou e Tia Aída teve de recorrer aos préstimos de Tarzã, ex Chefe da Torcida do Botafogo. Conhecida pelo seu bom relacionamento com os atletas, Aída vivenciou o cotidiano de uma das fases mais vitoriosas do Clube de Regatas Vasco da Gama, tendo presenciado dentro do Clube inúmeros fatos acontecidos com o fabuloso Expresso da Vitória. (Tia Aída faleceu aos 84 anos no dia 11 de Abril de 2010).


TORCEDORES SÍMBOLOS 1957: DOMINGOS RAMALHO

O estivador Baiano Domingos do Espírito Santo Ramalho, um negro magro tipo Chuck Berry, de boné na cabeça, com seu instrumento de sopro improvisado, o famoso talo de mamona que simbolizava de forma marcante a Torcida Vascaína o entoava com toda potência no interior do Estádio Municipal (Maracanã) nos dias de vitória.

Dos talos de mamona tirava belos dobrados, já que não tinha dinheiro pra comprar uma corneta, como tantos Vascaínos “da turma de 1940”, ele virou Vascaíno embalado pelo Expresso da Vitória, um amor tão grande que fez trocar a Urca por São Januário e botar o nome de ídolos Vascaínos em todos os filhos: o primeiro é José Luís, em homenagem a Pinga, o segundo se chama Válter, por causa das diabruras do meia direita Válter Marciano, e a filha Tereza Herrera é uma Taça que o Time ganhou em 1957 na Espanha.

Ninguém pense que é fácil andar com o Vasco pra lá e pra cá. Um pontapé, nos chamados países baixos, quase mata o estivador num jogo.

Ele escapou mas teve de abandonar as arquibancadas por ordem médica, depois de um certo tempo. Futebol, só pelo rádio e televisão.

Domingos Ramalho passou a tocar o talo de mamona em São Januário até que, num jogo Vasco x Botafogo, em 1947, vencido pelo Vasco por 2 a zero, Cyro Aranha o convidou para a Tribuna de Honra. Estava oficializado o clarim de mamona, que iria comandar a Torcida por muitos e muitos anos. Era mais um exemplo da democracia Vascaína, ao serem estabelecidos e estreitados os laços entre a Diretoria, através de um dos maiores presidentes do Clube, e o torcedor de arquibancada, representado pelo Ramalho.

"O som da mamona do 'Seu' Ramalho era tão marcante que outro dia, assistindo a um jogo da África do Sul com o povo tocando aquelas cometas, eu me lembrei dele", diz o Vascaíno Martinho da Vila."Provocava euforia na Torcida e puxava mais forte no Maracanã o 'Casaca/Casaca'." (Sr. Ramalho morreu em 02/07/2005) (NETVASCO 2010).


TORCEDORES SÍMBOLOS 1957: DULCE ROSALINA

Símbolo de todos os torcedores, tão devotada ao Clube, que foi agraciada por um dirigente com o título de sócio proprietária, Dulce Rosalina considerada de fato a primeira mulher líder de uma Torcida, a TOV que antigamente era chamada de Torcida Organizada ou Torcida Oficial, onde foi Chefe de 1956 a 1976, de lá saiu e fundou a Torcida Renovascão em 1976, onde ficou até sua morte em 2004.


Fonte: Blog Torcidas do Vasco