Marcos Senna diz que não acertou com Vasco em razão da crise financeira

Quinta-feira, 17/01/2013 - 18:34

O Vasco perdeu Juninho e Felipe, tem o time mais fraco entre os quatro grandes do Rio e pensou em outro veterano para 2013: Marcos Senna. Mas a sondagem não animou o volante do Villarreal. Apesar de estar na segunda divisão da Espanha, o volante campeão europeu de 2008 (com a seleção espanhola) não pensa em voltar ao Brasil, salvo projeto mais tentador. Estados Unidos e “Mundo Árabe” são opções mais plausíveis para o encerramento da carreira.

O Vasco fez chegar o interesse aos ouvidos de Marcos Senna através, vejam só, por um jogador que está atualmente no Fluminense (é fácil descobrir, deduzam). Senna não se animou, não recusou a oferta, mas também não fez questão de ouvir muito mais. Não houve nenhum contato posterior por parte da diretoria do Vasco para formalizar uma proposta.

No final do ano passado, a imprensa do Rio noticiou que Senna teria sido oferecido ao Vasco e recusado por René Simões. “Na verdade, ninguém me ofereceu nada. O Vasco é que foi oferecido pra mim”, contou Senna ao blog.

Contatado, René Simões também negou a versão de que Senna teria sido oferecido no final do ano. “Eu teria levado o nome ao Ricardo Gomes, porque não sou eu quem rejeita nem quem aprova. Eu evito falar em jogadores, porque sei como é ser diretor técnico, não gostava disso (interferência) e foi uma das razões que me levaram a sair do São Paulo”, falou René, por telefone, ao blog.

Senna tem 36 anos e está desde 2002 no Villarreal, já em sua 11a temporada. “Eu poderia voltar ao Brasil, mas só se for para jogar em clube grande, com boas condições financeiras e muito bem estruturado. Senão prefiro ficar por aqui. Estou super bem estabelecido, meus filhos nasceram aqui, estudam aqui, têm amigos, minha esposa também e eu penso em seguir ligado ao Villarreal depois de parar”, contou.

Senna poderia sair da Espanha só por um breve período para ganhar dinheiro com alguma proposta do futebol árabe ou então para passar uma temporada nos Estados Unidos e aprender inglês. “Seria um salário menor, mas por outro lado eu e minha família ganharíamos muito culturalmente, seria uma grande experiência de vida morar, por exemplo, em Nova York.”

Tudo indica que ele fará suas últimas partidas pelo Villarreal neste primeiro semestre. O Submarino Amarillo está sofrendo na segunda divisão, após um rebaixamento absolutamente inesperado e quase acidental no ano passado. O primeiro turno acaba de terminar, e o Villarreal está em sétimo, com 32 pontos, no limite da zona de classificação para o playoff de acesso. O líder disparado é o Elche, com 49 pontos, e o segundo é o Girona, com 38. Estes garantiriam vagas diretas na primeira divisão, enquanto o terceiro que sobe sai de um mata-mata envolvendo quatro equipes.

O Submarino acaba de demitir o técnico Julio Velázquez e contratar Marcelino García Toral, que tem no curriculum acessos com o Recreativo Huelva e o Zaragoza, um enorme sexto lugar com o Racing Santander (2007/2008) e também, é verdade, uma má passagem pelo Sevilla na temporada passada. É um técnico jovem e ainda promissor.

“Está complicada a temporada, a Segunda é um campeonato de muita correria, muito intenso. Às vezes pegamos estádios de primeira divisão, mas às vezes pegamos gramados péssimos, como o de Jerez. O técnico novo chegou com um discurso legal e acho que vai botar ordem na casa, não podemos ter jogadores achando que vão subir o time só com o nome”, comentou Senna ao blog.

Fonte: Blog do Julio Gomes