Interino várias vezes, Gaúcho elogia, mas rejeita comparação com Alcir

Sábado, 10/11/2012 - 17:27

Quando se pensa em auxiliar permanente do Vasco, a resposta costuma ser rápida: Alcir Portela. Durante mais de dez anos, o profissional, falecido em 2008, foi aquele que assumia quando a troca de treinador não era imediata. Gaúcho vem ganhando este rótulo, ainda que em escala menor, recentemente. Mas, apesar do respeito e carinho pela história do ex-companheiro de meio de campo no clube carioca (com o qual foi campeão brasileiro em 1974), ressalta que sua carreira tem um passo bem diferente.

- Alcir era meu mestre. Jogava na minha posição de origem, o camisa 5. Eu subi para os profissionais aos 17 anos para substituir o Alcir, que tinha nove anos a mais. Só que encontrei dificuldades, porque ele era capitão do time. Por isso, joguei em vários setores do campo, já que no lugar dele não dava (risos). E o Alcir andava comigo, era meu amigo mesmo. Eu não era do Rio, e ele nasceu em São Cristóvão, me ajudou muito. Mas minha história é diferente. Fui treinador a vida toda e agora tenho o objetivo de me manter junto ao Roberto (Dinamite), que é uma pessoa com quem tenho muita amizade - disse.

Depois de aposentar as chuteiras, Gaúcho chegou a trabalhar no mundo árabe como técnico e pasou também por diversos clubes médios do Brasil e pequenos do Rio, como o Americano e o Madureira. Esta, porém, já é a quarta vez que vira interino - a terceira desde 2010.

- Ainda pretendo retornar à minha vida. Quero que seja no Vasco, com ou sem o Roberto no futuro, até para continuar participando das mudanças que ele vem tentando fazer. Se tiver que ser em outro lugar, encaro o desafio - avisou Gaúcho, que está com 59 anos.

Contra o Atlético-MG, neste domingo, em São Januário, ele faz a primeira das quatro partidas que terá para reforçar a razão pela qual é o homem de confiança do presidente. Depois, deve passar o bastão para Ricardo Gomes. Com 50 pontos, a equipe está a nove do São Paulo, que abre o G-4. As chances de se classificar para a Taça Libertadores de 2013 são quase nulas.

Fonte: GloboEsporte.com