Casaca divulga nota sobre comunicado da Astovas com críticas à diretoria

Sexta-feira, 07/09/2012 - 16:02

Nota da Oposição

História e elogios à reação

O CASACA! parabeniza a iniciativa da ASTOVAS (Associação de Torcidas do Club de Regatas Vasco da Gama), que redigiu uma carta cobrando da atual “diretoria” posicionamentos a respeito de vários desmandos hoje praticados no clube. Desmandos que nós, do CASACA!, já apresentávamos desde o início da atual gestão de desserviço ao Vasco, a indigestão Dinamite.

Cabe-nos, pois, algumas complementações e resalvas à carta:

1 – A duas rodadas da queda para a segunda divisão, o CASACA! se fez presente em São Januário para cobrar da atual desadministração uma postura que impedisse a vergonha. Estávamos ao lado do clube.

2 – No início da triste caminhada da segunda divisão, o CASACA! se fez presente em São Januário bradando que o retorno à primeira divisão era obrigação e desmentindo a dívida criada pela caneta mágica do senhor Nelson Rocha, que transformou o Vasco no maior devedor do país para depois se fazer de gênio e, com a mesma caneta, abater a dívida. Estávamos ao lado do clube.

3 – Na metade do Brasileiro de 2010, no intervalo do campeonato durante a Copa do Mundo, lançamos um manifesto no qual exigíamos providências, uma vez que o time estava na zona de rebaixamento, mas ainda em plena janela de transferências. Atletas foram contratados e o time deixou a zona de perigo, obtendo uma colocação intermediária no campeonato. Estávamos ao lado do clube.

4 – Em 2011, após o pior início de estadual de todos os tempos, com quatro derrotas consecutivas, voltamos à porta de São Januário (após a terceira) para protestar. A “diretoria” resolveu se mexer e acabou alugando alguns jogadores. Estávamos ao lado do clube.

5 – Especificamente a respeito das denúncias contidas na carta da ASTOVAS, o CASACA! foi o primeiro grupo político a denunciar a destruição da base, a opacidade das contas, o sumiço de receitas, o sucateamento dos esportes olímpicos, o benefício desenfreado à parentada e aos amigos incompetentes, o rebaixamento institucional frente às cotas de televisão, o escárnio dos atrasos salariais propositais, o calote nas dívidas equacionadas, o escândalo da distribuição do franqueamento das lojas Gigante da Colina a dirigentes e familiares, o vergonhoso programa de sócios, que promete piorar se o clube ceder parte daquilo arrecadado com seu quadro social a uma empresa à qual o sócio não está se associando, a contratação para a diretoria de relações institucionais de um alienígena, as distorções estatutárias, a fraqueza na política externa, dentre outras aberrações.

6 – Uma ressalva importante que deve ser feita à carta dos torcedores, porém, é quanto à ditadura atribuída à gestão anterior a esta. A própria carta se contradiz, quando a ASTOVAS anuncia que vivia “amordaçada” pela diretoria anterior, sendo que no parágrafo seguinte afirma que “o apoio das arquibancadas era imenso” ao atual desmandatário, Roberto Dinamite. Ora, como pode ter havido mordaça se a manifestação a favor de Dinamite era confessadamente livre? Que ditadura era aquela, permissiva a todo o tipo de protesto nas arquibancadas de São Januário, como aliás por inúmeras vezes, desde os anos 90 se viu? Quando o ex-mandatário pediu, solicitou, ordenou ou impingiu à torcida que ficasse em casa se tivesse como intenção protestar contra ele? Retomemos a verdade dos fatos. Várias organizadas como TOV, Renovascão, Vasguaçu, entre outras, sabem perfeitamente que a “ditadura” da diretoria anterior nunca existiu, com relação ao torcedor vascaíno, como um todo. O chamado torcedor vascaíno anônimo. Chamavam-na de ditadura os detratores e atuais déspotas de um reino imaginário azul, elitista e VIP, diante da plebe mormente tratada como objeto para consumo, a engordar bolsos alheios, com o uso da marca Vasco a este fim oligárquico. Quanto aos primeiros, estes não queriam ou posteriormente aceitavam o nosso clube altaneiro, respeitado, vibrante, que para sê-lo precisou arrombar portas, exigir direitos e até calar mentiras. Conseguiu-se assim, espaço na FERJ, na CBF e entre aqueles que recebiam as maiores cotas de TV. À época, todos os atos eram pelo bem do Vasco. Até mesmo a dura batalha para que se pudesse jogar os clássicos com mando de campo em seu estádio o Vasco, contra os demais “co-irmãos”, teimava em vencer. Como, por exemplo, em 2005 (quando em nove pontos disputados em São Januário o time conquistou os nove). Como já ocorrera em 1990, 91, 92, 95, 97, 2000, 2003. Como, por exemplo, em 2008, com os clássicos diante de Fluminense e Botafogo programados para São Januário, mas prontamente levados para o Maracanã pela “diretoria” do senhor Dinamite, assim que esta assumiu em julho daquele ano.

7 – No próximo sábado, antes e depois da partida contra a Portuguesa de Desportos, os torcedores têm todo o direito de manifestação contra a diretoria. Em relação aos jogadores, é preciso apoio. Não só pela necessidade dos três pontos, mas também porque eles têm sido briosos, mesmo nas dificuldades impostas por seus patrões.

8 – Sim, as declarações do senhor Dinamite são ofensivas, mas perfeitamente cabíveis na ditadura branca que pratica, encoberto por parcerias suspeitas e cercado por asseclas arrogantes. Também aqui avisamos, lá atrás, para onde o político Dinamite estava levando o ídolo. E este foi o pior dos nossos acertos.

Por fim, mais uma vez prestando homenagem ao posicionamento da ASTOVAS, permitimo-nos destacar que só pode fazer oposição quem tem posição. A percepção de que além do CASACA!, mais vascaínos estão acordando diante do ocorrido com o clube em função de tantos descalabros lesa-Vasco é motivo de grande satisfação, afinal reagir, superar e virar o jogo é característica institucional primaz dos 114 anos de história do clube.

O Vasco vive!

Equipe Casaca!


Fonte: Casaca